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84% das famílias de São Paulo querem vacinar crianças: o que é preciso saber

Pesquisa realizada pelo Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) apontou que 84% das famílias com crianças entre 5 e 11 anos de idade no estado de São Paulo pretendem aderir à vacinação infantil contra a covid-19. A pesquisa ouviu, por telefone, 1,12 mil pais, mães e responsáveis por crianças nessa faixa de idade em todo o estado.

O percentual de famílias que pretende vacinar as crianças é maior na região metropolitana de São Paulo, com 87%. No interior do estado, 81% dos pais e responsáveis dizem que levarão os filhos para serem imunizados contra o coronavírus. Entre as mulheres, o índice que pretende imunizar as crianças é de 89% e entre os homens, de 76%.

Escolaridade e renda

A adesão à imunização também é maior entre as famílias menos escolarizadas e com menor instrução. Entre aqueles com renda de até um salário mínimo, 92% pretendem vacinar as crianças, o mesmo percentual para quem estudou até o ensino fundamental.

Nas famílias que recebem mais de três salários mínimos, 72% pretendem vacinar as crianças contra a covid-19. Entre aqueles que têm o ensino superior o percentual ficou em 77%. A maioria (91%) dos responsáveis por crianças que estudam em escolas ou creches públicas pretendem aderir a campanha de imunização, índice que cai para 76% para as matriculadas nas redes particulares.

Planejamento

Na quarta-feira (5), o governo federal anunciou a inclusão de crianças de 5 a 11 anos de idade no plano de operacionalização de vacinação contra a covid-19. As primeiras doses de vacinas contra a doença destinadas a crianças de 5 a 11 anos deverão chegar ao Brasil no dia 13 de janeiro – a primeira estimativa indicava que as doses chegariam hoje. O único imunizante aprovado até o momento pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é o da Pfizer.

10 questões que os pais precisam saber na hora de levar os pequenos ao postinho

  1. Quando vai começar?
    Ainda não se sabe. O provável que ocorra a partir de fevereiro. As doses precisarão ser distribuídas e as equipes, treinadas, já que a dosagem é diferente.
  2. Qual será o ordem?
    A vacinação vai ser feita em ordem decrescente de idade: primeiro, crianças de 10 a 11 anos, depois, de 8 a 9, entre 6 e 7 e, por último, as de 5 anos.
  3. Em quem estiver na idade limite?
    Quem fizer 12 anos antes da segunda dose deverá concluir a vacinação com a dose pediátrica.
  4. Há riscos?
    Além da dosagem reduzida, a taxa de efeitos adversos é irrisória nos países que já vacinam suas crianças. Nos EUA, de acordo com o Centro de Controle de Doenças (CDC, na sigla em inglês), das 8,7 milhões de doses aplicadas em crianças de 5 a 11 anos até 19 de dezembro, apenas em 100 ocasiões ocorreram sintomas colaterais de alguma natureza – e nenhum óbito. A taxa é de irrisório 0,001%.
  5. As crianças vão receber a mesma dose dos adultos?
    Não. Como nos EUA, a Anvisa autorizou a inoculação de 2/3 (0,2ml) do que é ministrado em adultos.
  6. Será preciso reforço?
    Ainda é cedo para saber, mas é provável.
  7. Como será o atendimento?
    Deve ser feito em ambiente específico e separado dos adultos, principalmente para os mais jovens. A vacina da covid-19 não poderá ser dada junto com outras demais do calendário infantil. O intervalo mínimo deverá ser de 15 dias.
  8. O atendimento será rápido?
    As crianças deverão permanecer no local de vacinação por pelo menos 20 minutos após a inoculação para observação.
  9. O que pode ocorrer?
    Dor, inchaço e vermelhidão no local, febre, fadiga, dor de cabeça, calafrios, dor muscular ou nas articulações, além do aumento dos gânglios na axila do braço.
  10. Quando procurar um médico?
    Os pais ou responsáveis deverão procurar ajuda médica o mais rápido possível se a criança tiver apresntar dores repentinas no peito, falta de ar ou palpitações.

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