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Adolescente é assassinada no terceiro tiroteio em escola de 2023

Namorado está em estado grave. Autor é um ex-aluno de 21 anos. Com seis vítimas fatais desde o início do ano, este foi o 31º atentado registrado no Brasil desde 2022.

Um ataque a tiros na Escola Estadual Helena Kolody, em Cambé (PR), vitimou dois alunos na manhã desta segunda-feira (19). A adolescente Karoline Verri Alves, de 16 anos, morreu no local. Este foi o terceiro ataque com mortes em escolas brasileiras este ano, resultando na sexta morte. Os demais correram em Blumenau (SC) e na cidade de São Paulo (SP). O namorado de Karoline, Luan Augusto (ambos na imagem), foi alvejado na cabeça e removido para o Hospital Universitário de Londrina (H.U), a 14 quilômetros de Cambé. Ele está sedado, entubado e recebendo sangue e antibióticos. De acordo com o boletim médico, sua condição de “extrema instabilidade” impede uma cirurgia.

Este tipo de violência ainda intriga parte das autoridades. Outros três ataques resultaram em feridos em escolas no Amazonas, Ceará e Goiás. Uma ação da política deteve um adolescente e seu pai no Rio Grande do Sul e uma operação da Polícia Federal investigou mais de 300 suspeitos de incitação ao ódio, o que resultou na prisão de dezenas, centenas de contas canceladas em uma rede social e uma discussão acalorada entre governo e plataformas sobre como combater estas ações.

O autor do crime em Cambé é um ex-aluno de 21 anos que foi detido e, de acordo com o governo estadual, encaminhado para uma cadeia em Londrina. Com ele foram apreendidos uma machadinha, carregadores e o revólver usado, além de um caderno com anotações sobre ataques em escolas, como o ocorrido em Suzano, em 2019, onde também foi usada uma machadinha. Familiares do jovem afirmaram às autoridades que ele é esquizofrênico e faria tratamento psiquiátrico. Sua identidade não foi revelada – conforme protocolo adotado para não tornar esses criminosos célebres.

O criminoso foi denunciado em 2022 por tentativa de homicídio após ter entrado em um colégio de Rolândia (PR) com uma faca. Sem fazer vítimas, ele fugiu antes de ser detido pela polícia. Agora é preciso o que impediu as autoridades judiciais de agir.

As motivações e a eventual participação de outras pessoas não foram reveladas, mas o comportamento é similar aos ataques motivados por ódio nos últimos anos. Com uma roupa preta, ele foi à escola sob a alegação de solicitar seu histórico escolar. O ataque começou por volta das 9h20. Alunos relataram que o autor atirava aleatoriamente e que foi possível escapar pelo portão enquanto ele recarregava sua arma. Outros se trancaram na sala dos professores. Por causa da intensidade dos tiros, de início estudantes e professores acreditaram haver mais de um atirador.

O colégio estadual atende os ensinos fundamental e médio na cidade, que possui cerca de 100 mil habitantes. Após o ataque, o governador Ratinho Junior (PSD) decretou luto oficial de três dias. As aulas da instituição foram suspensas.

De acordo com um levantamento da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), desde o início de 2002 ocorreram 31 ataques extremistas em escolas, o que provocou 37 mortes (incluindo Karoline Verri Alves). Entre as vítimas fatais estão 26 estudantes, seis funcionários e cinco perpetradores.

Blumenau

Em abril deste ano, um homem invadiu a creche Cantinho Bom Pastor, em Blumenau (SC), no Vale do Itajaí, matando quatro crianças e ferindo outras três. O autor foi preso após se entregar na central de plantão policial da região.

São Paulo

O atentado em Blumenau foi o segundo em pouco mais de uma semana. No fim de de março, a professora Elizabeth Tenreiro, 71 anos, morreu após ser esfaqueada na Escola Estadual Thomazia Montoro, em São Paulo. Um adolescente de 13 anos, responsável pelo ataque, foi apreendido.

Operação Escola Segura

Em abril, 302 pessoas haviam sido presas ou apreendidas pela Operação Escola Segura. O balanço mais recente do governo federal aponta 2.593 boletins de ocorrência registrados, mais de mil pessoas ouvidas e 1.738 casos em investigação, além de 270 ações de busca e apreensão de armas a artefatos de grupos extremistas. Após o ataque na Thomazia Montoro, o governo de SP reforçou a segurança.

À época, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse que a operação não tem data pra terminar. “Nós vamos continuar a agir até nós combatermos e debelarmos um a um esses agrupamentos extremistas que estão querendo fazer terrorismo contra as crianças, contra os adolescentes e contra a educação. Essas pessoas são inimigas da liberdade.”

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