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770 seguranças privados começam a atuar em escolas públicas de SP

Governo estadual contratará mil vigilantes

Cerca de 770 seguranças privados começam a exercer funções em escolas de São Paulo. O governo estadual planeja contratar mil vigilantes para reforçar a segurança. A primeira leva de 774 vigilantes está começando a trabalhar esta semana, como parte de uma iniciativa anunciada pelo governador Tarcísio de Freitas em abril.

Essa medida foi tomada como uma resposta aos recentes ataques em escolas, incluindo um na Escola Estadual Thomazia Montoro, na zona oeste de São Paulo, onde uma professora foi morta e quatro pessoas ficaram feridas. Na última semana, ocorreu outro ataque em uma escola em Sapopemba, zona leste da capital, que resultou na morte de uma adolescente.

Dos seguranças contratados, 242 serão alocados em escolas na capital e região metropolitana. O estado de São Paulo possui 5,3 mil escolas estaduais. Importante ressaltar que esses vigilantes não estarão armados. As escolas foram selecionadas para alocação com base em critérios como a vulnerabilidade da comunidade e o ambiente escolar, de acordo com as 91 diretorias regionais de ensino.

O governo investiu R$ 70 milhões no projeto, e na região administrativa do ABC, alguns profissionais já começaram a trabalhar na segunda-feira (23). A licitação para contratar os outros 226 vigilantes ainda está em andamento. A Secretaria de Educação determinou que as empresas vencedoras da licitação contratem seguranças com formação profissionalizante na área e realizem verificações de antecedentes criminais dos trabalhadores, homens e mulheres.

Além disso, ao longo deste ano, o governo contratou 550 psicólogos para atuar nas escolas, e o governador mencionou a possibilidade de aumentar o número de profissionais nesse campo. Ele também planeja rever as medidas tomadas até o momento para garantir a segurança nas escolas, enfatizando a importância de criar um ambiente escolar seguro e promover a convivência, combatendo o bullying e a homofobia.

Especialistas ouvidos pela Agência Brasil sugerem políticas de convivência nas escolas como parte das ações para uma cultura de paz. Cléo Garcia, pesquisadora da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), disse que não existem ações que possam resolver o problema no curto ou no médio prazo. Ela também defende que haja atenção aos discursos de ódio e ao bullying. 

“Não adianta falarmos de bullying apenas uma vez ao ano. Isso precisa ser debatido, inserido no currículo escolar para que se possa conversar sobre a diversidade, sobre discursos de ódio e sobre racismo todos os dias. Que os alunos possam ser pessoas que tenham um olhar crítico para isso”, enfatizou.

Daniel Cara, professor da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), também aposta na gestão democrática das escolas como uma ferramenta necessária para reduzir a violência. “A capacidade de evitar conflitos na escola, como o conflito, é inerente à ação humana, a capacidade de conseguir resolver pacificamente conflitos, criar um bom clima escolar é fundamental”, opinou. 

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