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Confira as ameaças do homem-bomba do STF

Autoridades querem saber como Francisco Wanderley Luiz obteve explosivos e aprendeu a fazer bombas. PF considera o atentado gravíssimo

A trajetória de radicalização, os contatos e como Francisco Wanderley Luiz obteve e aprendeu a usar explosivos improvisados ainda são desconhecidas das autoridades. Porém, é sabido que nos últimos dias ele visitou a sede do Supremo Tribunal Federal (STF) e postou em redes sociais uma série de ameaças de bomba – sem que ninguém lançasse um alerta. Tudo precisará ser investigado pelas autoridades policiais, que querem descobrir quem saberia e apoiaria as intenções do homem, que morreu após tentar entrar na sede da Corte com artefatos amarrados ao corpo e petardos carregados em uma mochila. Ele acabou morrendo na noite desta quarta-feira (13), seja por acidente ou suicídio.

Nas redes sociais, o perfil de Francisco Wanderley Luiz mostra que ele lançava críticas radicalizadas e erráticas contra a classe política e jornalistas, acusando de serem “comunistas” – seja lá o que isso quiser dizer – figuras como os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e José Sarney, o vice-presidente Geraldo Alkmin e o jornalista William Bonner. O PT também era alvo: “não gosto do número 13!!! Tem cheiro de carniça, igual caxorro (sic) quando morre”. Em uma postagem após visitar do STF, escreveu: “Deixaram a raposa entrar no galinheiro (chiqueiro)”. Em outra, prometeu explosões “entre 17h48 de hoje [quarta, 13] e o próximo sábado (16)”, sendo taxativo: “O jogo acaba”.

A Polícia Federal considera o caso gravíssimo e até orquestrado, comparável aos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. O diretor-geral da PF, Andrei Passos, passou parte da noite com o presidente Lula discutindo como tratar o atentado.

“Espada erguida”



O que MR publicou

Sob o nome registrado de Tiü França, Francisco Wanderley foi candidato a vereador pelo PL nas eleições municipais de 2020, em sua cidade, Rio do Sul, no Vale do Itajaí, Santa Catarina. Com apenas 98 votos, ele não se elegeu.

De acordo com conhecidos de sua cidade de origem, ele andava sumido e seu paradeiro era desconhecido há mais de um mês – mas se mantinha ativo nas redes. Seus familiares reconheceram o carro pelas imagens da televisão depois que seu filho recebeu uma ligação sobre um “acidente sofrido pelo pai” em Brasília.

No Distrito Federal, Francisco alugou uma residência em Ceilândia, para onde levou seu carro, de onde deve ter saído. O veículo pegou fogo em uma tentativa de detonação no estacionamento do Anexo IV da Câmara dos Deputados, também na área da Praça dos 3 Poderes. Seu interior pode fornecer pistas. Além disso, ele também levou para Ceilândia um pequeno trailer que será vasculhado em busca de pistas.

A suspeita inicial é que sua ação se trataria de um ataque solitário, já que outros envolvidos não teriam sido vistos pelas pessoas que circulavam na Praça dos 3 Poderes no momento do ataque, porém essa hipótese precisa ser confirmada.

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