61% das mais de 300 ações são comandadas por mulheres. Mais de 50% vieram de pessoas pretas e pardas
O movimento suprapartidário e multissetorial Pacto Contra a Fome anuncia nesta quinta-feira (26) os vencedores da primeira edição de seu prêmio, elaborado em cooperação com a Organização das Nações
Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco). Foram mais de 300 inscritos no Brasil. Mais da metade das iniciativas participantes (55%) são lideradas por pessoas pretas e pardas, e 61% delas comandadas por mulheres.
A intenção do prêmio é dar visibilidade e reconhecimento às iniciativas do terceiro setor no combate à fome, redução ou reversão do desperdício de alimentos e promoção da segurança alimentar. “Ficamos muito felizes com a quantidade e a qualidade das iniciativas inscritas nessa primeira edição do prêmio. Existem diversas organizações com ações incríveis Brasil afora e a seleção foi acirrada”, afirmou a idealizadora e presidente do conselho do Pacto Contra a Fome, Geyze Diniz.
A seleção dos finalistas e ganhadores se baseou em aspectos como potencial de replicação, escalabilidade, relevância, impacto e capacidade de colaboração e articulação com outras iniciativas e políticas públicas. Diversidade e representatividade são aspectos centrais na escolha dos premiados, e, especial as iniciativas lideradas por pessoas negras e indígenas em comunidades tradicionais nas regiões Norte e Nordeste.
A edição de 2023 contou com três categorias: combate à fome, redução do desperdício de alimentos e promoção da segurança alimentar. Cada um contou com duas subcategorias: iniciativas de caráter emergencial e permanentes. Além do prêmio de R$ 100 mil e um troféu elaborado pelo artista plástico Vik Muniz (sua obra é um dos temas do documentário “Lixo Extraordinário”), os escolhidos participarão de um minidocumentário que divulgará seus trabalhos e os respectivos desafios e impactos positivos na sociedade.