Cerco se fechou contra ex-presidente, que está nos EUA, após escândalo das joias
A Polícia Federal estuda a possibilidade de pedir a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) caso ele não volte dos Estados Unidos até abril. Segundo a colunista Carolina Brígido, do UOL, os investigadores enxergam o cometimento do crime de “evasão do distrito da culpa”, previsto no artigo 302 do Código de Processo Penal.
Bolsonaro, que está fora do Brasil desde 30 de dezembro de 2022, é investigado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) por suposto envolvimento nos ataques à sede dos Três Poderes no dia 8 de janeiro. Os investigadores acreditam que a prisão é menos provável por este caminho já que ainda não há provas contundentes da participação do ex-presidente nos atos de vandalismo.
No entanto, o que fez o cerco se fechar contra Bolsonaro foram as revelações de que ele tentou receber, de maneira ilegal, joias entregues pelo governo da Arábia Saudita e avaliadas em R$16,5 milhões. Neste caso, os investigadores enxergam evidências do flagrante de um crime.
Os supostos presentes, que incluem um colar, relógio e um par de brincos, foram retidos na Alfândega do Aeroporto de Guarulhos (SP) em outubro de 2021. Eles seriam supostos presentes à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. O ex-presidente teve oito tentativas frustadas de recuperar as joias.
Um segundo pacote, com um par de abotoaduras, caneta e um terço islâmico, teria sido entregue pessoalmente a Bolsonaro e incorporado no seu acervo pessoal. Os investigadores dizem que se o ex-presidente não devolver as joias, seus endereços podem ser alvo de busca e apreensão.
O que MONEY REPORT publicou: