Operação Aurum durou 17 dias e reuniu PF, PRF e Força Nacional em ações na Floresta Nacional de Urupadi, em Maués (AM)
Foram destruídos em terra firme e na beira de rios dez garimpos ilegais durante os 17 dias de atuação de uma força-tarefa federal dentro da Floresta Nacional de Urupadi, em Maués (AM), na região sul do Amazonas, a cerca de 267 quilômetros de Manaus.
De acordo com a PF, foram apreendidas e destruídas 13 escavadeiras hidráulicas, um trator esteira, seis motocicletas, três quadriciclos, 61 barracos, 16 motores geradores de energia, 20 motores bombas, sete dragas, além de nove armas de fogo e outros equipamentos usados no garimpo ilegal, como embarcações e mercúrio, metal líquido altamente tóxico usado para separar o ouro de rocha e areia.
O grupo de ação que participou da Operação Aurum foi composto por agentes da Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Força Nacional, além de servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). O balanço da iniciativa, encerrada no último dia 3, foi divulgado neste sábado (10).
Espécies ameaçadas
A Floresta Nacional de Urupadi foi criada em maio de 2016. De acordo com o ICMBio, a região abriga pássaros e primatas endêmicos (só encontrados ali). Há três espécies endêmicas de primatas (Mico manicorensis, Callibella humilis, Callicebus bernhardi) e nove consideradas vulneráveis. Pesquisadores estimam que 800 espécies de aves vivam na região – quase metade das aves registradas no Brasil.
Foram aplicadas R$ 4,51 milhões em multas. O nome da operação, Aurum, faz referência ao ouro retirado dos garimpos ilegais.
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