Quadrilha revendia cargas para fabricação de PET com ajuda de funcionários do fabricante
A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) fazem nesta quarta-feira (1º) uma operação contra o desvio de cargas. O quadrilha furtou cerca de 200 toneladas de resina PET PCR (pós-consumo reciclada). A Operação Resina cumpre 21 mandados de busca e apreensão em sete municípios da região metropolitana: Rio de Janeiro, Duque de Caxias, Magé, Nova Iguaçu, Mesquita, Seropédica e Piraí. Pelo mnos cinco pessoas foram presas.
Os alvos são suspeitos de integrar organização criminosa especializada em furtar cargas de resina usada na fabricação de garrafas PET e registrar os falsos crimes na delegacia, para simular um roubo das mercadorias. “Além dos furtos ocorridos no interior da empresa CPR, foram identificados três supostos roubos de carga, dois deles ocorridos nos estados de Minas Gerais e São Paulo, que evidenciaram a ocorrência de fraude e respectiva atuação do mesmo grupo criminoso”, destacou o MPRJ. Com o grupo foram encontradas armas e bloqueadores de celular.
O grupo se dividia em dois núcleos. Um envolvia funcionários da empresa lesada, a CPR Indústria e Comércio de Plástico, de Xerém, uma das maiores fabricantes de garrafas PET do país. O outro seria formado por empresários do ramo de transporte rodoviário e por motoristas. Pelo menos três desvios de cargas de resina foram identificados nas investigações. O prejuízo estimado pela empresa chega a R$ 3 milhões.
O esquema
As investigações mostraram que o grupo procurava, em plataforma online, empresas interessadas no transporte de cargas. Ao localizar fretes compatíveis com seus caminhões, a organização criminosa oferecia o serviço. Acertado o transporte, o motorista carregava seu veículo e, no meio do caminho, outra pessoa assumia a direção do caminhão. O primeiro motorista, então, registrava o falso roubo m uma delegacia.
O grupo é suspeito ainda de furtar outros tipos de produtos, como alumínio e ferro. Pelo menos 15 falsos registros de roubo qu somam R$ 2 milhões estão sendo investigados, informou o MPRJ.
(Agência Brasil)