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Polícia prende sócio do PCS Saleme por infecções e morte por HIV

Seis foram infectados em transplantes no Rio de Janeiro, um morreu. Agentes cumprem quatro mandados de prisão

Policiais civis do Rio de Janeiro fazem, nesta segunda-feira (14), uma operação para apurar a suspeita da emissão de laudos falsos feitos pelo laboratório PCS Saleme. A empresa é investigada pela responsabilidade no transplante de órgãos infectados por HIV em seis pessoas. Uma das vítimas morreu. A Polícia Federal entrará no caso, já o caso envolve o Sistema Nacional de Transplantes (SNT), que é do Sistema Único de Saúde (SUS).

Foi descoberto que o laboratório não teria sequer registro de compra dos insumos para determinar se as amostras de sangue coletadas estavam contaminadas. Alguns dos funcionários não teriam habilitação, formação e licença de trabalho.

Agentes do Departamento Geral de Polícia Especializada cumprem hoje 11 mandados de busca e apreensão e quatro de prisão no Rio de Janeiro e Nova Iguaçu, onde o laboratório está sediado.

De acordo com o governo do estado, um dos sócios do laboratório, Walter Vieira, foi preso. Vieira é sobrinho do deputado federal Doutor Luizinho (PP), que é médico e foi secretário estadual de saúde do Rio (2013-2015) e do município de Nova Iguaçu (2016-2018). O laboratório tinha contrato de R$ 11 milhões assinado com a Fundação Saúde, vinculada à Secretaria Estadual de Saúde, para realizar exames de análises clínicas e de anatomia patológica em todas as unidades da rede.

O contrato foi assinado em dezembro de 2023, mas foi suspenso pela secretaria após a divulgação de informações sobre a contaminação de pacientes transplantados.

Falsificação

A Delegacia do Consumidor também investiga se o laboratório falsificou laudos em outros casos. “Determinei imediatamente a instauração de inquérito, atendendo determinação do governador para que os fatos fossem investigados com maior rigor e rapidez. Conseguimos elementos para representar pelas cautelares junto à Justiça em tempo recorde, para que os culpados sejam punidos com a maior celeridade”, afirmou o secretário estadual de Polícia Civil, Felipe Curi, por meio de nota.

Em nota divulgada na última sexta-feira (11), o laboratório informou que abriu sindicância interna para apurar as responsabilidades do caso envolvendo diagnósticos de HIV em pacientes transplantados ocorridos no Estado do Rio. “Trata-se de um episódio sem precedentes na história da empresa, que atua no mercado desde 1969”, informa nota.

(com Agência Brasil)

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