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Risco de La Niña no início do verão exigirá atenção dos produtores

Retorno das chuvas no Centro-Oeste e Sudeste deverá ser gradual, avalia Inmet

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê “retorno gradual das chuvas nas regiões Centro-Oeste e Sudeste”, principalmente em outubro, de forma a elevar o armazenamento de água no solo, estabelecendo as fases iniciais de algumas culturas no campo. O prognóstico consta da previsão climática para a safra 2022/2023. De acordo com o Inmet, a “provável atuação do La Niña até o início do verão (dezembro) pode impactar nas fases finais das culturas de inverno e segunda safra, além do início da safra de verão no Brasil”.

Tendo por base os modelos que servem de referência para essas projeções, a permanência do fenômeno faz com que a previsão do tempo nas regiões produtoras seja avaliada com mais atenção.

“Frequentemente, o La Niña provoca redução das chuvas na Região Sul do país e aumento nas regiões Norte e Nordeste. O clima no Brasil, no entanto, não é influenciado somente pela atuação do fenômeno, tendo em vista que há outros fatores que interferem nas condições de tempo e clima”, informou o Inmet.

Centro-Oeste e Sudeste

Segundo modelo estatístico adotado, as chuvas ficarão “dentro ou ligeiramente abaixo da média para o mês de setembro” nas regiões produtoras de grãos, o que, na avaliação do Inmet, pode ser favorável às fases finais das culturas.

“Já para o início da safra de verão 2022/2023, considerando os meses de setembro, outubro e novembro, o prognóstico climático aponta o retorno gradual das chuvas, principalmente em outubro, o que será importante para a elevação do armazenamento de água no solo e estabelecimento das fases iniciais das culturas no campo, como a soja, milho e algodão”, complementa.

Sul

Para a Região Sul, a previsão é de chuvas dentro ou ligeiramente acima da média”, o que indica, segundo o Inmet, que a umidade do solo deve continuar elevada em praticamente toda a região durante o mês de setembro.

“Porém, os grandes acumulados de chuva podem ocasionar excesso de água no solo em algumas localidades”, alerta o instituto. Nos meses de outubro e novembro, as previsões indicam “chuvas irregulares, com acumulados abaixo da média em praticamente toda a região”.

Dezembro e janeiro

Entre dezembro de 2022 e janeiro de 2023, as chuvas podem ficar “próximas ou acima da média” nas regiões Norte, Sudeste e Centro-Oeste. “Já na Região Sul, no centro-sul do Mato Grosso do Sul e em parte de São Paulo, a tendência é de chuvas abaixo da média no mesmo período”, complementa. Para as demais áreas, a previsão indica “chuvas dentro da normalidade”.

O que é

Durante La Niña, a temperatura da superfície do Oceano Pacífico central fica mais baixa que o normal entre 3°C e5 °C. Como resultado geral, o norte do Brasil fica mais úmido que o normal entre dezembro e fevereiro. Porém, há risco de episódios de extremos climáticos capazes de afetar cidades e comprometer a produção agrícola.

De dezembro a fevereiro, o norte do Brasil fica mais úmido que o normal. 

Efeitos de La Niña no Brasil

  • Episódios de frio e chuva volumosa no Sudeste;
  • Frentes frias e chuavas acima da média na Região Sul;
  • Temperaturas abaixo da média na Região Sudeste no inverno;
  • Frentes frias alcançando o Nordeste, principalmente no trecho do litoral da Bahia até Alagoas;
  • Chuvas abundantes no norte e leste da Amazônia;
  • Chuvas acima da média no cerrado e na caatinga nordestinas.

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