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Só manter um equívoco pode ser pior que uma errata

Onde era para sair a imagem de Flávio Calp Gondim, acusado de manipulação do mercado, entrou o professor e procurador Flávio Henrique Freitas Evangelista Gondim. Uma falha brutal de apuração jornalística

Fazer jornalismo exige atenção e precisão sempre. Às vezes não conseguimos. E a cobrança vem, nem que demore meses. Na manhã de 23 de agosto, MONEY REPORT e outros veículos publicaram que o investidor Flávio Calp Gondim, conhecido como “Monstro do Leblon”, havia sido acusado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) de manipular o mercado de contratos futuros de câmbio. As irregularidades ocorreram em 2019. Calp Gondim estava em apuros – e nós também.

Em vez da imagem do investidor que acumulou perdas e ganhos bilionários naquele ano, publicamos a imagem de outro Flávio Gondim. Entrou a do procurador do Ministério Público do Trabalho da Paraíba (MTPB) e professor Flávio Henrique Freitas Evangelista Gondim – que nada tem com tudo isso.

Passados quase sete meses, fomos alertados do erro brutal que nos obriga a esta humilde retração, assim como a publicação quase imediata de uma nota de erro na reportagem. No jornalismo é costume dizer que a publicação de uma Errata é o pior que pode acontecer a um jornalista. Essa afirmação merece uma correção: pior que é fazer de conta que nunca ocorreu.

André Vargas é editor-chefe de MONEY REPORT

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