Técnicos levantaram barreiras para evitar a poluição no Rio Guaporé. Causa do acidente ainda não foi determinada
Um trem descarrilou na madrugada desta segunda-feira (21), no km 50 da Ferrovia do Trigo (EF-491), no distrito de Colombo, em Guaporé, (RS). O local do acidente fica próximo à divisa com o município de Dois Lajeados. Informações preliminares indicam que cerca de 60 mil litros diesel teriam vazado na via, que corta um trecho de nascentes e mata nativa circundado por pequenas propriedades. Moradores do local acharam estranho um acidente naquele local, onde o trem trafega em baixa velocidade. A composição tinha 45 vagões, transportando 6 milhões de litros de combustível.
O trem saiu de Canoas, na Grande Porto Alegre, com destino a Passo Fundo, onde descarregaria o combustível. O maquinista relatou que após passar por um dos viadutos na comunidade Ernesto Alves, a primeira locomotiva saiu dos trilhos e, ainda tracionando fortemente, deslocou-se desgovernada por cerca de 50 metros até atingir uma parede de pedras na entrada de um túnel. Outras duas máquinas e um dos vagões-tanque também saíram dos trilhos. O operador não sofreu nenhum ferimento e foi obrigado a sair por uma das janelas. As portas ficaram danificadas pelo impacto.
As causas do acidente ainda não foram determinadas. Técnicos da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) foram comunicados e deverão verificar o estrago causado na área de vegetação e riacho atingidos pelo vazamento. Servidores das secretarias estadual e municipal de Meio Ambiente, assim como colaboradores de uma empresa terceirizada pela Rumo, fazem a contenção emergencial em um córrego que passa sob a ferrovia. A intenção é evitar que o combustível polua o rio Guaporé. Bombas foram instaladas para sugar a água contaminada. A terra também será raspada.
Em nota, a Rumo Logística afirmou que irá investigar as causas e que medidas está tomando: “Após o acidente, foram implantadas cinco barreiras de contenção para evitar a contaminação do córrego que fica próximo ao local”. E segue: “toda a extensão do córrego está sendo monitorada e as ações ambientais são acompanhadas pelos órgãos responsáveis”. Não havia previsão de liberação da ferrovia.