SÃO PAULO (Reuters) – A expectativa para a taxa de juros ao final deste ano permaneceu em 6,75 por cento na pesquisa Focus depois que o Banco Central indicou que a piora no cenário internacional e a retomada mais consistente da atividade são fatores que contribuem para o fim deste ciclo de cortes, em meio à melhora da perspectiva para a economia e redução da projeção para a inflação.
Os especialistas consultados no levantamento realizado pela autoridade monetária reduziram em 0,03 ponto percentual a projeção para a alta do IPCA em 2018, a 3,81 por cento, e mantiveram em 4,25 por cento a conta para o ano que vem.
Para o Produto Interno Bruto, a projeção de crescimento este ano subiu a 2,80 por cento, de 2,70 por cento no levantamento anterior. Para 2019, a expectativa continua sendo de uma expansão de 3 por cento.
A pesquisa com uma centena de especialistas mostrou ainda que eles não alteraram sua visão de que o corte de 0,25 ponto percentual na Selic realizado no início de fevereiro foi o último em 2018, encerrando o ciclo de afrouxamento monetário.
Depois de desacelerar o passo e cortar a Selic em 0,25 ponto percentual, à nova mínima recorde de 6,75 por cento ao ano, o BC avaliou na ata dessa reunião que a evolução da economia global tem sido favorável, mas apontou que a trajetória prospectiva da inflação de preços e salários em economias centrais pode tornar o processo de normalização da política monetária nesses países “mais volátil e produzir algum aperto das condições financeiras globais”.
Para 2019, a perspectiva no Focus segue sendo de que a taxa básica de juros encerrará a 8,0 por cento.
O grupo dos que mais acertam as previsões, o Top-5 também segue vendo a Selic a 6,75 por cento este ano e a 8 por cento em 2019.