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ENTREVISTA-Terra Investimentos espera triplicar faturamento até 2020 após reestruturação

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) – A Terra Investimentos tem expectativas ambiciosas para os próximos três anos, quando espera triplicar seu faturamento e aumentar em dez vezes sua base de clientes, resultado de uma grande reestruturação que ampliou seu escopo de serviços e na mira de um mercado com potencial de expansão.

“Nós vamos crescer organicamente, via agente autônomo, via aquisição… o mercado tem muito para mudar”, afirmou à Reuters o diretor de renda variável e renda fixa da Terra, Pedro Henrique Feres, que vê sua base de clientes aumentando de 5 mil para 50 mil até o final de 2020.

“Há um espaço muito grande de crescimento para as corretoras que se estruturarem e que de fato investirem.”

Desde a troca do comando da corretora em 2010, quando o empresário Wajdi Ibrahim El Haouli assumiu a empresa, a Terra vem estudando a expansão dos negócios, concentrados em commodities desde sua fundação há cerca de 18 anos.

Os planos começaram a ganhar fôlego em 2015 quando a Terra mudou a patente de corretora para distribuidora de títulos e valores mobiliários (DTVM); e entre 2016 e 2017 os projetos começaram a entrar em operação com reestruturação de sistemas, tecnologia e processos, credenciamento de novos bancos, chegada de novos profissionais, certificações, entre outros.

Feres não abriu o montante investido na transformação, mas afirmou que foram “valores altos”.

No ano passado, houve expansão de fato de todas as mesas, com a chegada de profissionais para a área de câmbio, mercado de DI, títulos públicos, além do segmento Bovespa, que foi o ponto inicial da ampliação do escopo da Terra. O número de funcionários mais do que dobrou e hoje supera 100 pessoas. A quantidade de escritórios autônomos também mais do que dobrou e a meta é passar dos atuais 40 para 100 até o final do ano.

De acordo com o executivo, a previsão é de que, após consolidadas as mudanças, a representatividade da área ligada ao agronegócio, que responde atualmente por cerca de 80 por cento da receita, passe para um terço, com o segmento institucional respondendo por 20 por cento e o de pessoa física pela fatia restante.

Nesse movimento, a Terra comprou sua nova sede em 2017, em um espaço ao redor de 600 metros quadrados, quase o dobro da anterior. E, segundo Feres, a empresa já está procurando um espaço maior.

“Nosso plano de expansão é muito grande, nosso projeto é longo”, afirmou Feres, acrescentando que a Terra quer chegar a 15 bilhões de reais em volume sob custódia até 2020, muito acima do valor perto de 1 bilhão de reais atualmente.

Além das mudanças ligadas ao escopo de serviços da DTVM, a empresa também está cuidando da parte cadastral para administração fiduciária e já deu entrada no processo para se tornar gestora de recursos.

O primeiro semestre de 2018 ainda será um período de finalizações do que começou a ser implementado em 2016, diz o executivo, mas há expectativa de já começar a colher um pouco de resultados na segunda metade do ano. “Nosso plano é até 2020 triplicar o faturamento”, afirmou.

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