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Importadores buscam isenção dos EUA para comprar petróleo do Irã em meio a novas sanções

Por Henning Gloystein e Jessica Resnick-Ault e Osamu Tsukimori

CINGAPURA/TÓQUIO/TÓQUIO (Reuters) – A Coreia do Sul informou nesta quarta-feira que buscará isenções dos Estados Unidos para comprar petróleo iraniano, um caminho que muitos grandes consumidores devem seguir na esteira de novas sanções dos EUA contra Teerã, as quais podem apertar os mercados mundiais da commodity e aumentar os preços.

O Irã é o terceiro maior produtor de petróleo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e um dos principais fornecedores, especialmente para as refinarias na Ásia.

Os Estados Unidos planejam impor novas sanções unilaterais depois de abandonar um acordo firmado no final de 2015 que limitou as ambições nucleares do Irã em troca da remoção das sanções conjuntas pelos EUA e pela Europa, que incluíam rigorosas restrições às exportações de petróleo.

As novas sanções dos Estados Unidos incluirão medidas destinadas a seus setores de petróleo e transporte marítimo, com um período de “suspensão” de seis meses “para permitir que as empresas terminem contratos, encerrem negócios e obtenham seu dinheiro”, segundo o Departamento de Estado dos EUA.

“O presidente Trump está claramente articulando que ele tem um desejo mínimo em um acordo alternativo com o Irã”, disse Ehsan Khoman, chefe de pesquisa para o Oriente Médio e Norte da África do Mitsubishi UFJ Financial Group.

Durante a última rodada de sanções, o fornecimento de petróleo do Irã caiu cerca de 1 milhão de barris por dia (bpd), mas o país ressurgiu como um grande exportador depois que as sanções foram levantadas em janeiro de 2016.

Desde então, o Irã aumentou a oferta, produzindo 3,81 milhões de bpd em março de 2018, quase 4 por cento da produção global. Suas exportações de petróleo foram em média superiores a 2 milhões de bpd no primeiro trimestre deste ano.

Os analistas agora esperam que o fornecimento do Irã caia entre 200 mil bpd e 1 milhão bpd, dependendo de quantos outros países concordarem com Washington.

(Por Henning Gloystein, em Cingapura; Jessica Resnick Ault, em Nova York; e Osamu Tsukimori, em Tóqui; reportagem adicional de Stephanie Kelly, em Nova York; Dmitry Zhdannikov, em Londres; Jane Chung, em Seul; Aizhu Chen, em Pequim; Florence Tan, em Cingapura; e Nidhi Verma e Promit Mukherjee, em Nova Délhi)

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