SÃO PAULO (Reuters) – A indústria produtora de cimento está conseguindo entregar apenas 5 por cento da produção nacional aos seus destidos devido a greve dos caminhoneiros e prevê que a situação não será normalizada até três semanas após o fim do movimento, disse o Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (SNIC) neste domingo.
“Como as fábricas funcionam em regime de operação contínua, cimenteiras de todo o país estão sofrendo impactos, tanto na distribuição do produto como nas entregas dos insumos necessários à sua fabricação”, disse o sindicato em nota.
Em média, a indústria de cimento distribui diariamente 200 mil toneladas de cimento no país, com o transporte rodoviário respondendo por 96 por cento da distribuição.
Os caminhoneiros entraram em greve na segunda-feira passada contra o aumento dos preços do diesel, com o bloqueio de muitas rodovias, levando ao desabastecimento combustíveis e problemas para vários setores. Desde sexta-feira os bloqueios nas estradas diminuíram, após o governo federal ter autorizado o uso das forças federais para desobstruir as estradas, mas a situação está longe de ser normalizada.
“O SNIC ressalta também que, mesmo após o final da greve dos caminhoneiros, será necessário um período de ajustamento de pelo menos duas a três semanas para que o funcionamento das fábricas de cimento seja normalizado”, disse o sindicato, alertando para os “desdobramentos da paralisação dos caminhoneiros para a cadeia da construção civil, afetando diretamente a manutenção dos empregos da indústria da construção”.
(Por Raquel Stenzel)