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Irlanda e Reino Unido buscam retomar conversas sobre governo da Irlanda do Norte

Por Padraic Halpin

DUBLIN (Reuters) – Os governos da Irlanda e do Reino Unido vão buscar uma maneira de retomar as conversas sobre a restauração de um governo de poder compartilhado na Irlanda do Norte, e nenhum dos dois contempla a volta de um comando direto de Londres, disse o ministro das Relações Exteriores da Irlanda, Simon Coveney, nesta quinta-feira.

As conversas para pôr fim a um impasse político fracassaram novamente na quarta-feira, depois que o líder do maior partido unionista disse não haver perspectiva de um acordo, e pediu que o Reino Unido assuma um controle financeiro maior sobre a região.

A província britânica está sem um Poder Executivo local –parte central de um acordo de paz de 1998 que encerrou três décadas de violência-– há mais de um ano, desde que os nacionalistas irlandeses do partido Sinn Fein se retiraram do governo que compartilhavam com seus arquirrivais do Partido Democrático Unionista (DUP, na sigla em inglês).

“O foco agora tem que estar na tentativa de colocar estas discussões de volta nos trilhos para que os dois governos possam encontrar uma maneira de fazer com que as instituições que são o coração do Acordo da Sexta-Feira Santa possam ser restabelecidas”, disse o chanceler irlandês à emissora irlandesa RTE.

“Certamente não existe apetite (de Londres) para rumar para um controle direto… o comunicado do DUP foi muito mal recebido e muito decepcionante, mas isso não significa que desistimos”.

Os dois partidos, que representam defensores majoritariamente católicos de uma Irlanda unida e apoiadores protestantes da preservação do comando britânico, descumpriram uma série de prazos, e a rodada mais recente de conversas desmoronou devido aos desentendimentos relativos aos direitos adicionais para falantes da língua irlandesa.

Parecendo concordar com o Sinn Fein, Coveney disse ter acreditado que os partidos haviam chegado a um meio-termo sobre a questão nos últimos dias mediante o qual se legislaria a favor dos direitos adicionais como parte de um reconhecimento mais amplo da diversidade cultural e linguística.

Fontes a par das negociações disseram à Reuters que alguns membros do DUP discordam da concessão proposta e “abordaram robustamente” seus receios mais cedo nesta semana.

“Estas brechas foram fechadas, é por isso que não entendo que o comentário ontem tenha sido tão definitivo assim”, disse Coveney.

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