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Liga e 5 Estrelas disputam poder após eleição inconclusiva na Itália

Por Steve Scherer e Philip Pullella

ROMA (Reuters) – Dois líderes anti-establishment anunciaram planos para governar a Itália nesta segunda-feira, abalando a zona do euro depois que eleitores deixaram de lado os tradicionais partidos italianos em uma eleição que resultou em um Parlamento sem maioria.

Com a terceira maior economia da União Europeia possivelmente enfrentando uma instabilidade política prolongada, a legenda anti-imigração Liga reivindicou o direito de governar, depois que sua aliança de centro-direita conquistou a maior parcela dos votos.

“Nós temos o direito e o dever de governar”, disse o líder Matteo Salvini em coletiva de imprensa, dizendo que investidores não devem temer o seu governo, à medida que ações, títulos e o euro se enfraqueceram com a perspectiva de uma Itália liderada pela legenda eurocéptica prometendo aumentar os gastos.

Alguns minutos depois, o líder do maior partido único do país atualmente, o anti-establishment Movimento 5 Estrelas, disse estar pronto para assumir um papel de liderança responsável.

“Estamos abertos a conversar com todas as forças políticas”, disse Luigi Di Maio, de 31 anos, em comunicado. “Nós sentimos a responsabilidade de dar à Itália um governo (como)… uma força política que represente toda nação”.

Com a contagem de votos bastante avançada e a divulgação dos resultados finais prevista para esta segunda-feira, parece quase certo que nenhum dos três principais grupos políticos será capaz de governar sozinho, e a expectativa é de que o presidente Sergio Mattarella não inicie negociações formais de coalizão até o início de abril.

Em Bruxelas, um porta-voz da Comissão Europeia disse estar confiante de que um governo estável pode ser formado, “e, no meio tempo, a Itália tem um governo com quem estamos trabalhando de perto”.

Salvini, o líder da Liga, criticou tanto a moeda única quanto as restrições da União Europeia aos orçamentos nacionais.

“O euro foi, é e continua sendo um erro”, afirmou, acrescentando, porém, que um referendo sobre a manutenção da moeda na terceira maior economia da zona do euro é “impensável”.

A maior parcela de votos da eleição de domingo foi para a aliança que inclui a Liga e a Força Itália, do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi, mas pela primeira vez a Liga emergiu como o parceiro principal da aliança.

Essa troca de papéis assinala uma derrota pessoal amarga para o magnata de mídia bilionário e seu partido, que adotaram posições mais moderadas em relação ao euro e à imigração, enquanto a Liga, de extrema-direita, centrou sua campanha em um discurso de enorme repúdio aos imigrantes.

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