BUENOS AIRES (Reuters) – Ministros de Agricultura dos países do G20 disseram no sábado que estavam preocupados com o aumento do uso de medidas não-tarifárias protecionistas inconsistentes com as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC).
Ministros de países como os Estados Unidos e a China, que estão em Buenos Aires para o encontro do G20 entre ministros de Agricultura, afirmaram em comunicado conjunto o comprometimento em não adotar “obstáculos desnecessários” ao comércio, e afirmaram seus direitos e deveres diante dos acordos da OMC.
O encontro acontece em meio ao aumento de tensões comerciais que agitaram os mercados agrícolas. A China e outros parceiros comerciais dos Estados Unidos impuseram tarifas retaliatórias a produtores norte-americanos depois que o governo Trump impôs cobranças a bens chineses, assim como ao aço e alumínio vindo da União Européia, Canadá e México.
O governo Trump vai pagaria até 12 bilhões de dólares para ajudar produtores rurais norte americanos na guerra comercial. Trump e o chefe da Comissão Europeia chegaram a um acordo na última quarta-feira que encerrou o risco de guerra comercial entre as duas potências.
Os ministros não especificaram a quais medidas se referiam no comunicado.
“Reconhecendo a importância do papel da OMC, concordamos em continuar a reformar o processo de regras de comércio agrícola”, disseram os ministros do G20, que juntos detêm 60 por cento das terras agrícolas do mundo e 80 por cento das commodities agrícolas e alimentícias, em um comunicado.
Depois de se encontrarem com o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, Trump disse que a União Europeia compraria “muita” soja dos Estados Unidos.
A ministra da Agricultura da Alemanha, Julia Kloeckner, disse à Reuters que a relação comercial entre os EUA e a União Europeia está melhorando, mas que não havia garantias que os europeus importariam a quantidade de soja que Washington espera.
(Reportagem de Scott Squires e Luc Cohen)