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Ministros eurocéticos renunciam e afetam planos de premiê britância para saída da UE

Por Elizabeth Piper e William James e Andrew MacAskill

LONDRES (Reuters) – O ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, Boris Johnson, e o negociador do Brexit pelo lado do governo britânico, David Davis, renunciaram nesta segunda-feira em protesto contra os planos da primeira-ministra Theresa May de manter laços próximos com a União Europeia após o país deixar o bloco, gerando rebelião dentro do partido governista.

Principal rosto do Brexit para muitos dentro e fora do Reino Unido, Johnson renunciou poucas horas após o pedido de demissão do ministro do Brexit Davis, encorajando alguns dentro do Partido Conservador a organizarem um plano para afastar May a menos de nove meses da saída oficial do Reino Unido da UE, em março do ano que vem.

May nomeou Jeremy Hunt, que era ministro da Saúde há bastante tempo, como ministro das Relações Exteriores após a saída de Johnson.

As duas demissões aparentam despedaçar a proclamação de May na sexta-feira de unidade de seu gabinete, quando ela disse acreditar que havia conseguido, após dois anos de esforços, assegurar um acordo sobre a maior mudança de política externa e comercial do Reino Unido em quase meio século.

No entanto, May foi aplaudida e elogiada por muitos parlamentares conservadores em encontro particular nesta segunda-feira, após ter passado mais de duas horas no Parlamento respondendo questões muitas vezes hostis.

Tanto eurocéticos quanto legalistas disseram que ela havia se mantido firme e aparenta ter conseguido manter o cargo, ao menos por ora.

As renúncias não ajudam May a mostrar a unidade que desejava apresentar em Bruxelas na próxima fase de negociações sobre os futuros laços do Reino Unido com o bloco.

Ao invés disso, as demissões fomentaram uma profunda descrença entre muitos eurocéticos dentro do partido de May, prejudicando sua posição e levantando dúvidas sobre o processo do Brexit.

“O Brexit deveria ser sobre oportunidade e esperança”, disse Johnson em sua carta de renúncia. “O sonho está morrendo, sufocado por insegurança desnecessária”.

Ele se queixou sobre como “decisões cruciais” haviam sido adiadas, levando ao que descreveu como um “semi-Brexit”, com o Reino Unido incapaz de desviar, ou se afastar, de regras e regulações estabelecidas em Bruxelas. “No que diz respeito a isso, nós estamos verdadeiramente seguindo para o status de colônia”.

O agora ex-ministro do Brexit Davis havia anteriormente chamado o plano de May de perigoso, e disse que daria “muitas coisas, muito rápido” para negociadores da União Europeia. May o substituiu por outro defensor do Brexit, Dominic Raab, que disse estar pronto para “os desafios do Brexit”.

(Reportagem adicional de Michael Holden, Alistair Smout e Kate Holton)

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