Por Marco Aquino
LIMA (Reuters) – O Grupo de Lima, composto por nações da América Latina mais o Canadá, criticou na terça-feira a decisão do governo da Venezuela de realizar uma eleição presidencial no dia 22 de abril sem chegar a um acordo com uma coalizão da oposição.
O governo socialista da Venezuela estabeleceu a data em 7 de fevereiro, preparando o terreno para a provável reeleição do presidente Nicolás Maduro, apesar de sua impopularidade generalizada e de uma crise econômica devastadora.
Em um comunicado, os 14 países disseram que a eleição não será livre e justa enquanto a Venezuela tiver prisioneiros políticos, a oposição não estiver participando plenamente e venezuelanos no exterior não tiverem permissão para votar, exortando Caracas a apresentar um novo calendário eleitoral.
O comunicado não chegou a dizer que o grupo não reconhecerá os resultados da eleição, mas vários membros, incluindo a Colômbia, vizinha da Venezuela, já o fizeram.
A ministra das Relações Exteriores do Peru, Cayetana Aljovin, também disse em uma coletiva de imprensa que Maduro não será bem-vindo na Cúpula das Américas, que será realizada em Lima nos dias 13 e 14 de abril.
Recentemente o chanceler venezuelano tuitou que Maduro pretendia comparecer à reunião de cúpula. O Grupo de Lima disse em comunicado que respeita a decisão peruana.
O Grupo de Lima também prometeu coordenar esforços para confrontar o êxodo de venezuelanos que está criando pressão nos países da região.
Colômbia e Brasil reforçaram os controles nas fronteiras na semana passada, já que ambos estão tendo que lidar com um influxo crescente de centenas de milhares de imigrantes desesperados.