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Paralisação do governo dos EUA acaba após acordo sobre gastos e imigração no Congresso

Por Susan Cornwell e Richard Cowan

WASHINGTON (Reuters) – O Congresso dos Estados Unidos votou na segunda-feira para encerrar uma paralisação de três dias do governo norte-americano, aprovando o mais recente projeto de lei de financiamento de curto prazo uma vez que os democratas aceitaram promessas de republicanos para um debate amplo sobre o futuro de jovens imigrantes ilegais.

O quarto projeto de lei de financiamento temporário desde outubro foi aprovado facilmente no Senado e na Câmara dos Deputados. O presidente Donald Trump assinou posteriormente a medida, em grande medida um produto de negociações entre líderes do Senado.

A promulgação da medida por Trump permitiu que o governo voltasse a funcionar completamente nesta terça-feira e se mantenha na ativa até 8 de fevereiro, quando o Congresso, liderado por republicanos, terá que revisitar o orçamento e políticas imigratórias, duas questões distintas que se tornaram intimamente ligadas.

A Câmara aprovou o projeto de lei de financiamento por uma votação de 266 a 150, horas após a medida ser aprovada no Senado por 81 a 18.

As tentativas de Trump de negociar um fim à paralisação com o líder democrata no Senado, Chuck Schumer, entraram em colapso na sexta-feira após recriminações e acusações. O presidente republicanos deu um novo golpe aos democratas ao celebrar o acordo do Senado.

“Estou feliz que os democratas do Congresso retomaram seu juízo”, disse Trump em comunicado. “Nós iremos fazer um acordo de longo prazo sobre imigração se, e somente se, for bom para o país”.

Imigração e orçamento estão ligados por conta do fracasso do Congresso em aprovar um orçamento em larga escala a tempo até 1º de outubro de 2017, somente semanas após Trump ordenar sumariamente um fim até março das proteções legais da era Obama para jovens imigrantes.

O fracasso orçamentário exigiu aprovação do Congresso de uma série de medidas temporárias de financiamento, dando aos democratas vantagem a cada passo do caminho já que possuem votos necessários para superar um mínimo de 60 votos no Senado para a maior parte das legislações.

Com a autoridade de gastos do governo prestes a expirar novamente à meia-noite de sexta-feira, democratas retiraram apoio a uma quarta medida temporária de gastos e exigiram ação para os imigrantes jovens.

Os cerca de 700 mil jovens foram levados aos Estados Unidos ilegalmente quando crianças, principalmente do México e da América Central. A maioria cresceu nos Estados Unidos.

Democratas, como uma condição para apoiar a nova medida de gastos, exigiram uma resolução sobre o futuro incerto que Trump criou para esses jovens no ano passado.

(Reportagem adicional de David Morgan, Ginger Gibson, Amanda Becker, Blake Brittain, Susan Heavey, Steve Holland, Diane Bartz, Lucia Mutikani, Yasmeen Abdutaleb e Patricia Zengerle, em Washington, Megan Davies, em, Nova York, e Sharon Bernstein, em Sacramento)

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