BRASÍLIA (Reuters) – Na carta em que pediu demissão do cargo de presidente-executivo da Petrobras nesta sexta-feira, Pedro Parente afirmou que sua permanência à frente da empresa “deixou de ser positiva”, e que considera ter cumprido na sua gestão o que prometeu.
No documento, ele disse ainda que não possui apego a cargos e não será “um empecilho para que essas alternativas sejam discutidas”.
“Me parece… que as bases de uma trajetória virtuosa para a Petrobras estão lançadas”, disse Parente.
A saída do executivo da estatal acontece após uma greve de caminhoneiros contra a alta do diesel que levou o governo a criar um programa de subvenção para garantir um congelamento inicial dos preços do diesel, que depois passará a ter reajustes mensais até o final do ano, e não mais diários.
“Está claro, Sr. Presidente, que novas discussões serão necessárias. E, diante deste quadro fica claro que a minha permanência na presidencia da Petrobras deixou de ser positiva e de contribuir para a construção das alternativas que o governo tem pela frente”, disse Parente na carta.
(Por Luciano Costa e Lisandra Paraguassu)