CHICAGO (Reuters) – Onze passageiros norte-americanos que sobreviveram a um acidente com um avião da AeroMexico em Durango, no norte mexicano, no dia 31 de julho, iniciaram ações na Justiça contra a empresa aérea em Chicago na segunda-feira, informou o escritório de advocacia Corboy & Demetrio.
O avião Embraer operado pela AeroMexico, com capacidade para 190 passageiros e que seguia para a Cidade do México, caiu em um trecho de terra com vegetação rasteira próximo da pista pouco depois de decolar, enfrentando o que passageiros descreveram como ventos fortes.
Todos os 103 passageiros e tripulantes sobreviveram fugindo da aeronave antes de o avião pegar fogo.
Ao menos 65 passageiros a bordo do voo 2341 da AeroMexico eram cidadãos dos Estados Unidos, entre eles muitos moradores da área de Chicago.
“Todas as pessoas nesse voo têm o direito de saber exatamente o que fez o avião cair. Um avião não despenca do céu só porque está chovendo forte”, disse Thomas A. Demetrio, cofundador da Corboy & Demetrio, que fica em Chicago.
A AeroMexico não respondeu a pedidos de comentário.
Luis Gerardo Fonseca, diretor da agência de aviação civil do México, disse à Rádio Formula na segunda-feira que as causas do acidente ainda estão sendo investigadas.
O primeiro oficial e os dois comissários a bordo já deram seus depoimentos como parte da investigação, disse ele. Os investigadores estão aguardando para interrogar o capitão, que ainda está sendo tratado em um hospital, disse Fonseca.
A Corboy & Demetrio informou que iniciou seis ações civis diferentes em nome de 11 passageiros.
Francis Patrick Murphy, outro sócio da firma, disse que, até certo ponto, o clima sempre é um fator em operações de voo. “Entretanto, operações de voo seguras dependem de como a empresa aérea e seus pilotos monitoram, reagem e corrigem em condições climáticas severas, tanto no processo de tomada de decisão antes do voo quanto durante o voo, para evitar um infortúnio”, disse Murphy.
(Por Tracy Rucinski, em Chicago, e Anthony Esposito, na Cidade do México)