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Petrobras está perto de decidir sobre venda de rede de gasodutos, dizem fontes

Por Tatiana Bautzer e Carolina Mandl

SÃO PAULO (Reuters) – A Petrobras está perto de decidir como será a próxima fase da venda da rede de gasodutos Transportadora Associada de Gás (TAG), disseram quatro fontes com conhecimento do assunto nesta sexta-feira.

A empresa, que já recebeu ofertas superiores a 7 bilhões de dólares pelo ativo, deve decidir provavelmente na segunda-feira como o processo vai prosseguir, se haverá uma segunda rodada com vários competidores ou se a companhia entrará em conversas exclusivas apenas com o consórcio que apresentar a melhor proposta.

Uma reunião do Conselho de Administração da empresa no dia 7 de maio aprovará a decisão tomada pela diretoria nos próximos dias.

A TAG possui cerca de 4.500 quilômetros de gasodutos no Nordeste do Brasil.

A Petrobras não respondeu imediatamente a pedidos de comentários.

Três grupos –um liderado pelo australiano Macquarie Bank, outro pelo fundo soberano Mubadala Development e um pela empresa de energia francesa Engie SA– entregaram propostas vinculantes, incluindo os compromissos de financiamento e os contratos de aquisição no dia 19 de abril.

Segundo as regras estipuladas pelo Tribunal de Contas da União (TCU), uma segunda rodada entre os concorrentes é obrigatória se as propostas tiverem diferenças de valor inferiores a 10 por cento.

Uma segunda rodada também é exigida se a Petrobras escolher apenas um concorrente para negociar com exclusividade, mas ao longo das negociações incluir mudanças nos contratos que tenham impacto econômico.

A Petrobras pediu que os consórcios fizessem suas propostas com base nos balanços da TAG de dezembro do ano passado, mas pediu que os preços fossem corrigidos pelo CDI mais 3 por cento até a data de fechamento do negócio.

Todas as ofertas têm componente de dívida, segundo as fontes.

O grupo liderado pelo Macquarie, que inclui o fundo de pensão canadense CPPIB, o fundo soberano GIC e as holdings brasileiras Itaúsa Investimentos SA e Cambuhy Investimentos SA, está sendo assessorado financeiramente pelo Bank of America e pelo Banco Bradesco SA.

Espera-se que a oferta do Macquarie tenha um componente de cerca de 60 por cento de dívida, segundo fontes com conhecimento do assunto.

O grupo formado por Mubadala e EIG Global Energy Partners recebeu a adesão da empresa italiana Snam SpA como operadora e acionista. Dois fundos, King Street Capital Management e Farallon Capital Management, estão em negociações para entrar no grupo. Ambos não comentaram o assunto imediatamente.

O banco Goldman Sachs & Co está financiando o grupo do Mubadala, e pessoas com conhecimento do assunto dizem que até 80 por cento da oferta pode ser financiada por dívida.

Segundo uma das fontes, a Engie está em conversas com o fundo de pensão canadense Caisse de Depot et placement du Quebec como um potencial parceiro.

As companhias mencionadas não fizeram comentários imediatos sobre o assunto.

(Reportagem adicional de Steven Jewkes em Milão)

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