Por Yuka Obayashi e Josephine Mason
TÓQUIO/PEQUIM (Reuters) – O petroleiro iraniano em chamas que afundou no Mar do Leste da China no domingo, no pior desastre do tipo em décadas, deixou uma mancha de óleo de cerca 16 quilômetros de extensão, e uma fumaça preta continuava a pairar sobre o local, disseram nesta segunda-feira autoridades japonesas e a mídia estatal chinesa.
A TV estatal chinesa CCTV informou que a mancha tinha de 1 a 4 milhas náuticas de largura e havia aumentado de tamanho diversas vezes desde domingo, gerando novas preocupações sobre danos a um ecossistema marinho rico em peixes e aves.
A mancha foi descoberta a leste de onde a embarcação afundou no domingo, relatou a CCTV nesta segunda-feira.
Esforços para limpar a superfície do mar foram iniciados, e equipes de resgate reduziram as operações de buscas por sobreviventes para operações “normais”, segundo a CCTV.
A embarcação em chamas, que levava 136 mil toneladas –quase 1 milhão de barris– de condensado, um petróleo ultraleve e altamente inflamável, afundou na noite de domingo após diversas explosões enfraquecerem o casco.
O petroleiro Sanchi estava à deriva e em chamas após se chocar com o navio de carga CF Crystal em 6 de janeiro. Fortes ventos haviam empurrado a embarcação para fora da costa chinesa, onde o incidente aconteceu, em direção à zona econômica exclusiva do Japão.
O naufrágio marca o maior derramamento de um petroleiro desde 1991, quando 260 mil toneladas de petróleo vazaram na costa da Angola.
(Reportagem de Yuka Obayashi, em Tóquio)