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Petróleo de navio iraniano que naufragou pode ter chegado a praias do Japão, diz guarda costeira

TÓQUIO (Reuters) – Manchas de petróleo surgiram em praias do sul do Japão, e existem temores de que podem ter origem em um navio-tanque iraniano de petróleo que naufragou no pior desastre do tipo em décadas, informou a guarda costeira japonesa nesta sexta-feira.

As manchas negras chegaram a praias da ilha de Amami-Oshima, disse um funcionário da guarda costeira à Reuters por telefone. As autoridades estão tentando descobrir se elas vêm do navio-tanque Sanchi, que afundou no Mar do Leste da China no mês passado, depois de serem alertadas de sua presença pelo público.

O governo japonês montou uma unidade especial no gabinete do primeiro-ministro, Shinzo Abe, para coordenar a resposta japonesa ao acontecimento mais recente, disse o secretário-chefe de gabinete, Yoshihide Suga, a repórteres.

“O governo, ao mesmo tempo em que trabalha de perto com as autoridades locais, está analisando quão amplo é o alcance (das manchas de petróleo surgidas nas praias) e o que as causou”, disse Suga.

“Estamos fazendo tudo que podemos, inclusive enviar uma unidade da guarda costeira” para retirar o petróleo, afirmou.

A Amami-Oshima é parte de uma cadeia de ilhas que inclui Okinawa, uma área famosa por praias imaculadas e sistemas de recifes. O navio-tanque iraniano afundou quase três semanas atrás, provocando o temor de danos ao ecossistema marinho.

Os corpos de dois marinheiros foram recuperados do navio, e um terceiro corpo foi retirado do mar perto da embarcação. Supõe-se que os 29 tripulantes restantes estão mortos.     

O governo da China já havia dito que o navio-tanque naufragado criou duas grandes manchas de petróleo. O navio, que transportava 136 mil toneladas, ou quase um milhão de barris de condensado –um tipo de petróleo cru ultraleve e altamente inflamável–, afundou depois que várias explosões enfraqueceram seu casco.

No mês passado o Ministério do Meio Ambiente do Japão dissera ver pouca chance de o vazamento alcançar as praias do país.

(Por Osamu Tsukimori e Kiyoshi Takenaka)

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