BEIRUTE/GENEBRA (Reuters) – Um comboio de ajuda humanitária começou a entrar na região síria de Ghouta Oriental nesta segunda-feira, levando ajuda pela primeira vez ao enclave sitiado desde que um dos ataques mais letais do governo sírio nos sete anos de guerra começou há duas semanas, porém sem suprimentos médicos vitais.
Uma autoridade graduada da ONU acompanhando o comboio disse “não estar feliz” em ouvir altos bombardeios perto do ponto de cruzamento para Ghouta Oriental, apesar de um acordo para que a ajuda humanitária fosse entregue sob condições pacíficas.
“Precisamos ser assegurados de que vamos ser capazes de entregar o auxílio humanitário sob boas condições”, disse Ali al-Za’tari à Reuters no ponto de cruzamento.
Uma autoridade da Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que autoridades do governo removeram a maior parte dos materiais médicos dos veículos da ONU, impedindo que kits cirúrgicos, insulina, equipamentos de diálise e outros suprimentos entrassem no enclave habitado por 400 mil pessoas.
Za’tari disse que o comboio havia sido reduzido, fornecendo comida para 27.500 pessoas, em vez de 70 mil. A Organização das Nações Unidas (ONU) disse que a Síria concordou em permitir a entrada do resto da comida para todas as 70 mil pessoas em um segundo comboio em dois dias.
“O comboio não é suficiente”, disse Za’tari.
(Reportagem de Angus McDowall, em Beirute, e Stephanie Nebehay, em Genebra; Reportagem adicional de Maria Kiselyova em Moscou)