SÃO PAULO (Reuters) – Economistas de instituições financeiras ajustaram sua projeção para a inflação neste ano para cima pela primeira vez após 11 semanas de quedas na pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda-feira, mas continuaram reduzindo a perspectiva para a economia.
A alta do IPCA foi calculada agora em 3,49 por cento em 2018, 0,01 ponto percentual a mais do que na semana anterior. A conta subiu apesar de a prévia da inflação oficial ter acelerado menos do que o esperado em abril –o IPCA-15 subiu 0,21, o nível mais baixo para o mês em 12 anos.
Para 2019, entretanto, o Focus mostrou a segunda redução seguida na projeção para a inflação, a 4 por cento de 4,07 por cento antes.
O nível baixo de inflação mantém aberto o caminho para o BC realizar novo corte da Selic em maio como vem indicando, antes de encerrar o ciclo de flexibilização. Com a taxa básica de juros a 6,5 por cento agora, os especialistas consultados no levantamento continuam vendo corte de 0,25 ponto percentual em maio, com a Selic terminando 2018 a 6,25 por cento e 2019 a 8 por cento.
O Top-5, grupo dos que mais acertam as previsões, também não mudou suas perpsectivas, com a Selic a 6,25 por cento este ano, mas 7,5 por cento em 2019. Para a inflação, no cenário de médio prazo permanece a expectativa de 3,56 por cento em 2018, mas para o ano que vem a conta caiu em 0,05 ponto, a 4,0 por cento.
Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), a mediana das projeções aponta para uma expansão de 2,75 por cento este ano, contra 2,76 por cento calculados antes, chegando a 3,0 por cento em 2019.