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Protestos de caminhoneiros contra alta do diesel entram no 6º dia

SÃO PAULO (Reuters) – A paralisação dos caminhoneiros contra a alta do diesel entra no sexto dia neste sábado e segue provocando desabastecimento pelo país, com a manutenção de manifestações em estradas do país, apesar do recente acordo anunciado pelo governo.

Algumas estradas seguiam com protestos, incluindo bloqueios ao acesso ao Porto de Santos, em São Paulo, tanto na margem esquerda, pela rodovia Cônego Domênico Rangoni, sentido Guarujá, quanto na margem direita, pela rodovia Anchieta, na chegada a Santos.

A Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), uma das principais associações responsáveis pelo movimento, pediu na véspera que os manifestantes retirem interdições nas rodovias, mas mantenham manifestações pacífica.

Segundo informações da Globonews, nesta manhã 132 pontos de bloqueio haviam liberados, enquanto outros 387 seguiam bloqueados.

O presidente Michel Temer e ministros do Gabinete de Acompanhamento da Normalização do Abastecimento se reúnem na manhã deste sábado no Palácio do Planalto para voltar a discutir a situação, um dia após Temer determinar o uso de forças federais para desobstruir rodovias, afirmando que os manifestantes “não têm o direito” de parar o país.

Na cidade do Rio de Janeiro, menos de 5 por cento dos postos ainda tinham combustível nesta manhã, com alguns desses limitando a venda por carro.

Veículos de abastecimento que saíram da Refinaria Duque de Caxias (Reduc), no Rio de Janeiro, nas últimas horas estão sendo destinados para atender serviços essenciais. Na capital fluminense, os ônibus estão operando com cerca de um terço da frota.

Na manhã desse sábado havia pelo menos 12 pontos de manifestações em estradas do Rio de Janeiro, inclusive na porta Reduc e imediações. Ali estão a Refinaria da Petrobras e pólos de distribuição de combustíveis.

AEROPORTOS

Dos 44 aeroportos administrados pela Infraero, 11 estavam sem querosene de aviação no início da manhã deste sábado.

Além disso, o aeroporto de Brasília, que não é administrado pela Infraero entrava no segundo dia sem combustível para abastecer as aeronaves, causando assim o cancelamento de diversos voos.

(Por Flavia Bohone, reportagem adicional de Rodrigo Viga Gaier, no Rio de Janeiro)

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