Um ambiente saudável e com menor pressão sobre líderes e equipes são resultados de uma cultura organizacional à produtividade com qualidade de vida

O estresse laboral, a pressão constante por resultados e o convívio em ambientes tóxicos por períodos longos são fatores agravantes de problemas de saúde mental, especialmente em cargos de alta responsabilidade. O resultado quase inevitável é a Síndrome de Burnout, distúrbio emocional que se caracteriza por um estado de tensão e estresse crônicos. Para evitar este tipo de situação, as empresas e os líderes precisam criar ferramentas. José Antonio Coelho Júnior, diretor da Associação Brasileira de Qualidade de Vida (ABQV), compartilhou insights sobre como CEOs e executivos podem encontrar equilíbrio e melhorar seu bem-estar, melhorando suas vidas, a produtividade e o convívio com os colegas.

Para José Antonio, um dos pilares é o alinhamento entre valores pessoais e institucionais. “É fundamental que o profissional sinta pertencimento e esteja engajado com a missão da empresa”, destaca. Além disso, ressalta a importância de equilibrar as rotinas .

Ela aponta que a liderança, incluindo o CEO, deve ser protagonista na construção de ambientes inclusivos e acolhedores. Menor pressão é resultado de uma cultura organizacional voltada para a qualidade, o que aos poucos é refletivo nos resultados. “Lideranças capacitadas podem identificar e mitigar os riscos físicos e psicológicos de cada negócio”, explica José Antonio, que enumerou fatores virtuosos que dissipam o risco de burnout.

Vantagens para o CEO

Os benefícios de investir em qualidade de vida vão além dos colaboradores: impactam diretamente o próprio CEO. Iniciativas como o Movimento Gerar Bem-Estar da ABQV criam ciclos virtuosos dentro das organizações, promovendo maior produtividade, melhorias nas relações interpessoais e menos erros técnicos. “Isso reflete em um ambiente de trabalho mais leve, criativo e inovador, e também diminui a carga emocional da liderança”, observa o diretor da entidade.

Lidando com a pressão

Para CEOs e executivos que enfrentam constantes cobranças, José Antonio recomenda atividade física regular e meditação. “Há uma vasta literatura científica que comprova os benefícios dessas práticas na redução do estresse e na melhoria do foco para tomada de decisão”, afirma. Além disso, menciona que atividades sociais voluntárias é uma prática incentivada por várias companhias com retornos positivos.

Bem-estar coletivo

Por fim, José Antonio ressalta que, embora a qualidade de vida seja uma medida pessoal, está profundamente ligada a fatores coletivos. “Ações preventivas sempre promovem a saúde dos colaboradores. Um CEO ou executivo que ocupa uma posição estratégica é uma peça-chave nessa jornada e também alguém que será diretamente impactado pelas melhorias no ambiente de trabalho”, conclui.