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A equidade de gênero aumenta, mas fica para 2038

Estudo global da Deloitte mostra que apenas 6% dos CEOs são mulheres. No Brasil, 10,3 milhões são donas de negócios, que representa 34% dos empreendedores

Com base nos dados revelados pela 8ª edição da pesquisa “Women in the Boardroom” da Deloitte, ficou evidente que a presença feminina em cargos de liderança, embora modesta, está em ascensão. Apenas 6% dos CEOs em todo o mundo são mulheres, um número que, embora pequeno, representa um crescimento de 12% (1 ponto percentual) em relação ao ano anterior. 

No Brasil, a representação feminina como CEOs está em ascensão, subindo de 0,8% para 2,4% em 2023 (alta de 300 pontos). A presença de mulheres nos conselhos de administração também está aumentando tanto globalmente quanto no Brasil, indicando progresso no caminho rumo à equidade de gênero. No entanto, os números ainda revelam um longo caminho a percorrer, com a expectativa de que a equidade de gênero só seja alcançada em 2038. Em algumas sociedades machistas analisadas, a disparidade é tão acentuada que o índice de mulheres CEO é inferior a 3%. Ao atual ritmo de mudança, a paridade global para os CEO não seria alcançada até 2111 – daqui a quase 90 anos.

Para a fundadora do Instituto Mulheres do Imobiliário, Elisa Rosenthal, este é um caminho que traz diversos obstáculos, mas que também contempla as empreendedoras com autonomia e independência. “A jornada de ascensão e autoliderança é solitária, especialmente para as mulheres que, muitas vezes, não têm com quem dividir a jornada, os altos e baixos do caminho percorrido para ser diretora, CEO ou empreendedora em uma empresa. Por vezes não temos uma liderança feminina na qual possamos nos inspirar, senti isso na pele quando resolvi empreender em um dos setores mais masculinizados do mercado.” complementa a empresária. 

O número de mulheres empreendedoras está crescendo no Brasil e chegou a uma marca histórica: uma pesquisa do Sebrae, feita com base em dados do IBGE, mostra que 10,3 milhões de mulheres são donas de negócios no país, número que representa mais de 34% dos empreendedores.

Geralmente, as mulheres começam a empreender por falta de oportunidade no mercado. Segundo o levantamento Global Entrepreneurship Monitor (GEM) 81% das mulheres entrevistadas apontaram que abriram o próprio negócio para “ganhar a vida porque os empregos são escassos” e “para fazer diferença no mundo”. Hoje, segundo o Instituto Rede Mulher Empreendedora, 57% dos negócios liderados por mulheres empreendedoras são microemprendedoras individuais (MEIs).

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