O metaverso se tornou a grande novidade tecnológica da década. Ainda em construção pelas big techs, já é possível imagem exercitar a imaginação sobre o que será essa integração entre o real e o virtual, parecido com produções audiovisuais de ficção científica. Além de futuros usuários apaixonados, o metaverso também deve criar uma demanda de profissões especializados em funções que ainda não existem. Confira a projeção feita pela revista Época publicada nesta quinta-feira (20).
Cientista de pesquisa
Estes profissionais precisarão construir algo parecido com a teoria de tudo, em que o mundo inteiro seja visível e acionável digitalmente. Essa será a base sobre a qual todos os outros casos de uso serão construídos (jogos, anúncios, controle de qualidade em fábricas, saúde conectada etc.). O candidato precisará obter um PhD em deep learning, visão computacional, computação gráfica ou imagem computacional – além, claro, de saber sobre programação.
Estrategista
Se a missão dos CEOs é definir a visão e objetivos para a criação e o crescimento das receitas do metaverso em seus negócios, o estrategista conduzirá o portfólio de oportunidades (conceito, projeto piloto e a implantação). O especialista deverá ter anos de experiência em gerenciamento, conhecimento de modelos de negócios e marketing de HW/SW/SaaS/PaaS.
Desenvolvedor de ecossistemas
Esse profissional será encarregado de coordenar parceiros e governos para garantir que as várias funcionalidades criadas sejam possíveis em grande escala. Precisará se concentrar na interoperabilidade, para que um cliente do mundo virtual seja capaz de usar os itens adquiridos lá em diferentes experiências. O ideal é ter bagagem profissional em relações institucionais e um entendimento da indústria de realidade ampliada (XR, na sigla em inglês).
Gerente de segurança
Privacidade, verificação de identificação interna e proteção serão algumas das exigências. Aquele que atuar nessa área terá de fornecer orientação e supervisão durante os estágios de projeto, validação e produção em massa. O especialista terá de prever como as funcionalidades serão usadas e como serão os componentes críticos de segurança, sistemas e etapas de fabricação associadas a essas previsões. Será exigido um diploma de Engenharia e experiência tecnologia e segurança de sistemas.
Construtor de hardware
O metaverso não será construído apenas em código. Será preciso também de sensores, câmeras, fones de ouvido e óculos virtuais. Tudo isso será fundamental para criar um mundo digital que se entrelaça com o mundo físico. Caberá ao construtor de hardware montar e adaptar os equipamentos. Para atuar nessa área, o mais importante é a experiência com hardwares e ser capaz de trabalhar eletrônicos complexos.
Storyteller
Essa pessoa será responsável por projetar missões imersivas para que os usuários explorem o metaverso, além de cenários de treinamento para militares, oportunidades de marketing na forma de narrativas para empresas, sessões de psicologia, entre outras situações. Será preciso especializar-se talvez em literatura, ser um bom contador de história, entender de construção de narrativas, além de alguma especialização em Marketing.
Construtor de mundos
A função exigirá habilidades dos designers de games. Fora isso, os construtores de mundos precisarão ter visão de futuro, pois muito do que sonharão ainda não existirá na forma de uma tecnologia ou solução de produto. Eles precisarão considerar as regras e a ética deste novo mundo virtual. O ideal será um designer gráfico com experiência em 3D e realidade virtual.
Especialista em bloqueio de anúncios
A Meta (ex-Facebook) ganha dinheiro vendendo anúncios, e o metaverso provavelmente seguirá caminho semelhante. Para o usuário que não desejar ser bombardeado com tanta propaganda, serão necessários bloqueadores avançados o suficiente para localizar aqueles que ficam embutidos na própria realidade. O candidato deverá ter conhecimentos básicos de codificação e, o principal, acesso ao código-fonte do metaverso.
Especialistas em segurança cibernética
Assim como a internet, o metaverso promete ser alvo de ataques cibernéticos e fraudes. Isso demandará a contratação de especialistas em segurança cibernética. Esses profissionais irão bloquear invasões em tempo real e garantir que as leis e os protocolos sejam reconsiderados e corrigidos, e talvez até mesmo inventados, para incluir todos os riscos do mundo virtual. Experiência em segurança cibernética regular e/ou inclinações técnicas de sistemas serão algumas das exigências.