Experiências positivas no trabalho melhoram saúde, inovação e produtividade, segundo estudo do McKinsey Health Institute
Pesquisa do McKinsey Health Institute, que avaliou a saúde geral de profissionais em 30 países, revelou que o Brasil ocupa o 11º lugar no ranking global. O estudo mostrou que pessoas com experiências de trabalho positivas têm melhor saúde geral e são mais inovadoras e produtivas.
O estudo, que ouviu 30 mil trabalhadores, mostrou que 62% dos brasileiros consideram ter boa saúde geral ou holística, que inclui a saúde física, mental, social e espiritual. A Turquia liderou o ranking, com 78% de pontuações positivas, enquanto o Japão ficou em último lugar, com apenas 25%.
Os profissionais brasileiros entre 18 e 24 anos tiveram as pontuações mais baixas em relação à saúde holística. Já os entrevistados que trabalham em empresas maiores (com mais de 250 funcionários) tiveram pontuações mais altas do que aqueles em empresas menores.
Veja o ranking geral:
- Turquia (78%)
- Índia (76%)
- China (75%)
- Camarões (69%)
- Nigéria (69%)
- Suécia (68%)
- Emirados Árabes Unidos (67%)
- México (67%)
- Colômbia (63%)
- Egito (63%)
- Brasil (62%)
- Estados Unidos (62%)
- Suíça (62%)
- África do Sul (61%)
- Argentina (55%)
- Indonésia (54%)
- Chile (52%)
- Singapura (52%)
- Alemanha (51%)
- Arábia Saudita (51%)
- Itália (51%)
- Polônia (50%)
- Austrália (48%)
- Coreia do Sul (48%)
- Canadá (47%)
- França (45%)
- Nova Zelândia (45%)
- Holanda (44%)
- Reino Unido (43%
- Japão (25%)
O estudo também mostrou que há uma ligação entre a satisfação no trabalho e o bem-estar geral. Aqueles que relataram experiências positivas no trabalho também indicaram melhor saúde holística, além de serem mais inovadores e apresentar melhor desempenho profissional.
No entanto, segundo os pesquisadores, é importante compreender a complexidade dessa dinâmica entre trabalho, bem-estar e saúde. Embora os facilitadores do trabalho (como recursos adequados, sistemas e liderança eficientes e uma cultura positiva) estejam ligados a uma boa saúde geral, o esgotamento está intimamente relacionado aos fatores de estresse no trabalho.
Portanto, apenas oferecer facilitadores sem rever as formas de trabalho pode não ser suficiente para prevenir o esgotamento. Da mesma forma, apenas negar as exigências e demandas não vai te levar, necessariamente, a um quadro de saúde holística.
Como os adultos normalmente passam a maior parte do tempo no trabalho, os empregadores estão numa posição importante de influenciar o bem-estar dos seus funcionários.
O impacto econômico do bem-estar dos funcionários também é significativo. Colaboradores esgotados e menos engajados são menos produtivos, se afastam com mais frequência e, como consequência, aumentam a taxa de turnover, o que se traduz em perdas financeiras.
A busca pela produtividade a curto prazo e por metas imediatas pode entrar em conflito com investimentos focados no bem-estar dos funcionários. Contudo, conciliar essas ideias muitas vezes contraditórias requer uma liderança adaptativa.
Trabalhar essa visão integrada de saúde não é apenas uma obrigação moral, mas também uma vantagem estratégica. Empregadores que dão prioridade ao tema estão preparados para criar ambientes em que os funcionários possam realmente se desenvolver e estabelecer um novo padrão do que significa ser uma organização bem-sucedida e com visão de futuro.