A falta de reconhecimento, de valorização pessoal e de oportunidades de crescimento são os principais fatores que contribuem para a insatisfação
Um estudo realizado pela Pluxee, em parceria com a plataforma britânica The Happiness Index, revelou que os trabalhadores brasileiros estão 9% mais insatisfeitos com o trabalho do que a média global. A pesquisa, que avaliou o nível de felicidade e engajamento de colaboradores em mais de 100 países, ouviu mais de 23 mil profissionais entre fevereiro e março de 2024.
De acordo com o levantamento, a média de felicidade no trabalho entre os brasileiros é de 7,2, enquanto a média global alcança 7,8. A pesquisa analisou dois principais aspectos: a felicidade, que engloba as condições de trabalho e oportunidades de crescimento, e o engajamento, que mede a conexão dos funcionários com suas funções e empresas. No quesito felicidade, o Brasil está 4% abaixo da média global, e, em termos de engajamento, a diferença aumenta para 10%.
A falta de reconhecimento, de valorização pessoal e de oportunidades de crescimento são os principais fatores que contribuem para a insatisfação dos profissionais brasileiros. Eles relatam também uma falta de inspiração em seus ambientes de trabalho.
A pesquisa também revelou disparidades entre gêneros: globalmente, os homens são mais felizes e engajados no trabalho do que as mulheres. As trabalhadoras apresentam médias inferiores em todas as categorias, sendo os pontos críticos a falta de crescimento pessoal e a baixa quantidade de desafios em suas funções.
No Brasil, há uma variação significativa de felicidade entre faixas etárias. Pessoas de 51 a 60 anos são, em média, 17% mais felizes no trabalho do que aquelas de 19 a 30 anos. Entre os fatores que impulsionam a satisfação nessa faixa etária mais avançada estão o equilíbrio entre vida pessoal e profissional, a autoconfiança no trabalho, a valorização e o fato de terem suas opiniões ouvidas.
A pesquisa também destacou as diferenças regionais no Brasil. A região Norte lidera com o maior índice de satisfação, marcando 7,9, enquanto a região Sudeste tem a menor média, com 7,0, representando o ponto mais baixo de felicidade no trabalho no país.