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Cientistas deixam Twitter por causa de discursos de ódio e fakes

A revista Nature entrevistou cientistas que costumavam compartilhar suas pesquisas na plataforma agora conhecida como X

Embora muitas pessoas usem o Twitter como um diário digital, ele também se tornou um espaço popular para divulgação científica. Mas com as recentes mudanças na rede social, isso parece estar mudando.

A revista científica Nature entrevistou cientistas que costumavam compartilhar suas pesquisas na plataforma agora conhecida como X. Mais da metade dos entrevistados informou ter reduzido sua atividade na rede nos últimos seis meses, e 7% interromperam completamente o uso.

A gestão de Musk 

Desde que o empresário assumiu o controle do Twitter, em outubro de 2022, implementou uma série de mudanças que se tornaram impopulares entre os usuários. A redução da moderação de conteúdo e o abandono do sistema de verificação ‘blue-check’ foram algumas das principais razões para o incômodo. 

Agora, com o selo de verificado concedido apenas a quem paga por isso, muitos perfis que propagam desinformação acabaram ganhando mais influência e privilégios. Cientistas respondentes da pesquisa notaram um aumento no número de contas falsas, trolls e discurso de ódio na plataforma. 

Outra mudança implementada pela gestão de Musk foi o fechamento do acesso gratuito à interface de programação de aplicativos (API) do Twitter. Muitos cientistas utilizavam a API para explorar como as pessoas interagiam com a plataforma e entre si. 

Isso motivou e alimentou diversos estudos sobre desinformação, respostas a desastres e dinâmicas sociais na Internet. Agora, pesquisadores só podem acessar esses dados se pagarem por isso, de modo que esse tipo de pesquisa científica foi interrompida ou dificultada.

E agora? 

Uma das vantagens do Twitter era como ele criava um senso de comunidade para pesquisadores. Outro ponto positivo era a possibilidade de divulgarem suas pesquisas e alcançarem jornalistas e a sociedade, em geral. Por isso, muitos se preocupam que o cenário em mudança esteja desfazendo alguns dos avanços que o Twitter ajudou a facilitar. 

Agora, aqueles que estão pensando em deixar a rede X já começam a migrar para outras plataformas. Aproximadamente 46% dos cientistas participantes da pesquisa ingressaram em outras mídias sociais. Como alternativa ao antigo Twitter, a Mastodon foi a mais mencionada. 

Em seguida, foram apontadas as plataformas LinkedIn, Instagram e Threads, respectivamente. Bluesky e TikTok também foram citadas.

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