Pesquisar
PATROCINADORES
PATROCINADORES

Conheça os baby zoomers

Profissionais que nunca precisaram se deslocar até o ambiente de trabalho querem continuar assim

Acordar cedo, colocar uma roupa socialmente aceitável, ir ao trabalho e estar rodeado de pessoas com as quais compartilha ideias, experiências, simpatias ou das quais discorda até concorre. Essa era a rotina dos profissionais corporativos e de assessores e consultores antes de a pandemia se instalar. Mas, como estão os jovens que ingressaram no mercado de trabalho nos dois últimos anos? A mentora de carreiras Valesca Chagas relata que essa turma apelidada de baby zoomers foi a que mais ganhou relevância no mercado – ainda que já pareça ser a hora para voltar as escrivaninhas e estações de trabalho.

Baby zoomer é um termo que se refere à geração que começou a trabalhar nos últimos dois anos e nem chegou a conhecer o escritório, se relacionando com chefias e colegas sempre de modo remoto, por meio de plataformas de vídeo, como o Zoom. “Essas pessoas não passaram pela experiência de conhecer pessoalmente seus colegas. Muitos continuam trabalhando nesse formato até hoje”, afirmou Valesca. A exceção são os profissionais dos serviços considerados essenciais. Ou seja, do mais humilde faxineiro ao neurocirurgião.

O problema, segundo a especialista, é agora muitos apresentam dificuldades em se desvincular do trabalho nos horários que deveriam estar de folga. Como o trabalho estava literalmente dentro de casa, ficou complicado estabelecer limites. Há quem utilize o intervalo que deveria ser de almoço para convocar alguma reunião. Outros optam por atuar no período noturno, quando o volume de mensagens de trabalho é menor.

Em contrapartida, socializar é uma atitude importante. Em geral, as pessoas gostam dessa convivência no dia a dia e há um sentido de ausência de companheirismo. A solução é trabalho híbrido, que também se apresenta desafiador. É preciso ter um bom plano de comunicação para que todos saibam os objetivos e planos de trabalho. O que pode receber resistências da nova geração que encara como natural a possibilidade de trabalhar de onde bem quiser.

“Se manter na cidade ou país que gosta sem necessariamente precisar estar na mesma área da empresa traz uma liberdade geográfica que é algo que a maioria de nós não conseguiu ter quando inicio. Para quem preza essa liberdade, essa é uma ótima realidade”, concluiu Valesca. O movimento parece tão incontornável e cabe às organizações o fardo da adaptação, pelo menos por enquanto.

Compartilhe

Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Pesquisar

©2017-2020 Money Report. Todos os direitos reservados. Money Report preza a qualidade da informação e atesta a apuração de todo o conteúdo produzido por sua equipe.