Índice Robert Half mostra mais confiança em relação ao mercado de trabalho e à economia
O lançamento da 27ª edição do Índice de Confiança Robert Half (ICRH), estudo trimestral que monitora o sentimento dos profissionais qualificados em relação ao mercado de trabalho e à economia, marca a primeira edição da pesquisa em 2024. No período, o ICRH sinalizou, pela quarta vez consecutiva, uma redução no pessimismo para a situação atual entre os profissionais qualificados.
Os resultados do indicador consolidado para a situação atual subiram de 38,2 pontos em dezembro para 39,4 pontos em março – ainda que no patamar pessimista, é o segundo melhor resultado da série histórica. Em uma análise dos próximos seis meses, o índice também apresentou um ligeiro crescimento de 0,4 ponto percentual.
“Embora ainda haja um certo pessimismo presente, as quedas observadas nos últimos trimestres devem servir como um estímulo para que o mercado se planeje estrategicamente. A confiança no ambiente de negócios está se recuperando aos poucos, e agir estrategicamente é crucial para aproveitar oportunidades e superar os desafios que estão por vir”, recomenda Fernando Mantovani (na imagem), diretor geral da Robert Half para a América do Sul.
Além do resultado consolidado, o ICRH também apresenta os indicadores por categoria. A situação atual melhorou na perspectiva de todas: desempregados (+1,6 ponto percetual), recrutadores (+1,1 ponto percetual) e empregados (+0,9 ponto percetual). Na visão para o futuro, desempregados (+2,4 pontos percentuais) e recrutadores (+0,2 ponto percetual) influenciaram a melhora no índice, enquanto os empregados apresentaram queda (-1,6 ponto percetual).
Outro dado positivo é que, no comparativo com o mesmo período do ano passado, todas as categorias se mostraram mais confiantes, tanto ao analisar o presente quanto ao pensar no futuro. Por outro lado, de acordo com o estudo, 84% das empresas sinalizam hoje dificuldades na contratação de profissionais qualificados, o que representa um aumento de 6 ponto percetual no comparativo com a última edição do ICRH, lançada em dezembro. Entre os entrevistados, 70% acreditam que o cenário não deve mudar nos próximos seis meses, enquanto 24% dizem que ficará ainda mais desafiador.
Em paralelo, as companhias se preparam para acelerar contratações. Segundo 22% dos recrutadores entrevistados, a intenção de contratar será mais alta nos próximos meses do que é atualmente. Hoje, 20% dizem que a intenção é alta ou muito alta.
As projeções para a realização de demissões acompanham as perspectivas de retomada: 65% das companhias dizem que elas são baixas, valor sete pontos percentuais maior do que o registrado na edição passada. Ao avaliar os próximos seis meses, 91% (+3 ponto percetual) acreditam que as intenções se manterão iguais ou ainda menores.
“Para liderar um mercado cada vez mais competitivo, a revisão de processos, o estabelecimento de metas transparentes e mensuráveis, e a promoção de uma cultura de inovação são passos essenciais. Investir em capital humano, proporcionando desenvolvimento contínuo aos profissionais, também se mostra fundamental para as companhias”, comenta Mantovani.