Todd Graves acumulou dívidas depois do furacão, mas conseguiu sair do vermelho ao reabrir lojas antes dos concorrentes
Todd Graves pode dizer que é sortudo por ainda ter um negócio. Sua rede de restaurantes de frango empanado Raising Cane’s arrecadou US$ 3,7 bilhões em vendas no ano passado, contribuindo significativamente para seu patrimônio estimado em US$ 9,5 bilhões.
O momento positivo da vida do empreendedor está longe da situação que viveu há quase 20 anos, quando o furacão Katrina quase varreu toda a empresa — uma posição em que Graves só estava devido à sua autoproclamada “estratégia financeira estúpida”, segundo disse à CNBC.
Graves, agora com 52 anos, foi cofundador da primeira loja Raising Cane’s perto da Universidade da Louisiana, em 1996. Em 2005, a rede tinha 28 lojas no estado, gerando uma receita anual de US$ 54 milhões, de acordo com um porta-voz da empresa.
Para atingir esse crescimento, Graves acumulou dívidas. Ele fez empréstimos com investidores uma taxa de juros de 15% e usou essa dívida para garantir empréstimos maiores de bancos que a trataram como patrimônio.
Quando o Katrina atingiu a área de Nova Orleans em 2005, grandes inundações fecharam milhares de empresas em todo o estado, incluindo 21 unidades da Raising Cane. Com pouca receita, Graves enfrentou uma dura realidade: ele poderia não ter dinheiro suficiente para cobrir salários e evitar inadimplência em seus empréstimos sem vender seu patrimônio na empresa.
Em vez disso, Graves elaborou um plano para abrir as portas dos restaurantes assim que a energia elétrica retornasse à região. Ele reuniu funcionários de áreas menos afetadas para organizar esforços de limpeza, levar suprimentos para suas lojas inundadas e aprender a cozinhar e servir comida sob condições difíceis.
A Raising Cane reabriu seu primeiro local fechado em apenas duas semanas e obteve um aumento nas vendas por ser um dos únicos restaurantes disponíveis para os moradores locais, diz Graves. Com o dinheiro fluindo novamente, Graves fez seus pagamentos e evitou vender qualquer patrimônio da empresa, diz ele. Hoje, ele ainda possui 90% de seu negócio, de acordo com a Forbes.
Por Luiz Anversa
Publicação original: bit.ly/3NMjUg7