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Negros representam 55% dos estagiários do país

Resultado reflete as políticas afirmativas de inclusão adotadas por grandes empresas desde 2020

Estudo do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) divulgado nesta terça-feira (28) destaca um avanço significativo na diversidade entre os estagiários no Brasil: jovens negros (pretos e pardos) agora representam 55% dos estagiários contratados no país. Resultado reflete as políticas afirmativas de inclusão adotadas por grandes empresas desde 2020, como Magazine Luiza, Itaú, Bayer e Basf, que lançaram programas específicos para a contratação de estagiários negros.

No primeiro trimestre de 2024, o Brasil contabilizou 877 mil estagiários, um aumento de 35% em comparação a 2023, que registrou 642 mil estagiários. Entre esses, as mulheres também se destacam, constituindo 64% do total de estagiários, sendo que 75% possuem ensino superior ou estão cursando a faculdade.

Os programas de estágio representam as vagas mais qualificadas para jovens de 14 a 24 anos no Brasil. Segundo o estudo do MTE, há 34 milhões de jovens nessa faixa etária, dos quais 14 milhões estão empregados. No entanto, apenas 1,9 milhão dessas vagas são de ocupações técnicas ou de maior qualificação, incluindo áreas como saúde, informática, comunicação e atividades culturais, onde se inserem as vagas de estágio.

Em contraste, 41% dos jovens empregados estão em atividades de baixa qualificação, como balconistas, vendedores, atendentes de lanchonetes, repositores de estoque, motoboys, babás, pedreiros e agricultores. Além disso, 45% desses jovens trabalham no mercado informal, sem carteira assinada, índice superior à informalidade geral no país, que é de 40%.

A pesquisa destaca que jovens de 14 a 24 anos representam 17% da população brasileira. Desse grupo, metade (49%) é mulher e 60% são negros. Entre eles, 11,6 milhões têm o privilégio de apenas estudar, enquanto 3,2 milhões estão entre empregos ou procurando trabalho. Há também um contingente de 5,4 milhões de jovens que não estudam, não trabalham nem procuram emprego, um aumento de 35% em relação ao ano anterior.

A subsecretária de Estatísticas e Estudos do Trabalho, Paula Montagner, aponta que a pandemia impactou severamente o mercado de trabalho para os jovens, especialmente para as mulheres, muitas das quais optaram por ter filhos durante esse período. “Elas fazem um trabalho não remunerado e é preciso reconhecer socialmente a importância dessa função. Muitas jovens concluíram o ensino médio, mas não têm recursos para continuar os estudos. Elas precisam de políticas públicas que permitam estudar e trabalhar, com creches de oito horas para seus filhos,” afirma Montagner.

Além disso, a informalidade afeta mais as jovens mulheres, que representam 42% dos jovens empregados, mas 51% dos jovens na informalidade.

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