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Profissionais do RH sofrem com sobrecarga de trabalho

Somente em 2023, 65% dos profissionais da área sofreram com algum problema de saúde emocional, segundo pesquisa

Pesquisa realizada pela Flash –  software de gestão de RH – , entre março e abril de 2024, mostrou qual área tem a função de gerenciar e cuidar dos colaboradores no ambiente corporativo. Dados apontam que 82% dos profissionais de RH se sentem sobrecarregados, com média, alta e extrema sobrecarga. Entre os trabalhadores que atuam com recrutamento e seleção, treinamento e desenvolvimento, diversidade e inclusão, a pressão é ainda maior. 

O levantamento ouviu 924 profissionais de diferentes empresas e regiões. Nele, apurou-se que 65% sofreram com algum problema de saúde emocional no último ano. Ansiedade se caracteriza como o transtorno mais frequente entre os colaboradores da área, com 42%, seguido por falta de motivação (16%), burnout (4%) e depressão (3%). Dos respondentes, 58% deles já tiveram algum colega afastado por algum desses problemas.

Alex Araújo, CEO da 4Life Prime Saúde Ocupacional, explica que o profissional de recursos humanos é diretamente impactado pela mudança de mercado: “A sobrecarga no trabalho se tornou uma realidade comum para RH. Estamos falando de um profissional que cobra e é cobrado por melhores resultados e produtividade. É uma sistemática de alta concorrência, sendo necessário ter equilíbrio emocional para não chegar ao esgotamento físico. É uma área que lida diretamente com as pessoas”.

Os transtornos mentais foram classificados como a terceira principal causa de afastamento no local de trabalho. Portanto, as empresas devem se empenhar para garantir a saúde mental de seus funcionários, uma vez que isso impacta no bem-estar do colaborador e também no seu desempenho e na sua eficácia organizacional. O não tratamento adequado dos transtornos pode agravar os sintomas do indivíduo.

Araújo comenta que o excesso de demandas, aliado a uma má gestão, pode resultar no aumento da rotatividade, falta de motivação no trabalho, além do desengajamento das equipes de uma empresa. “É preciso identificar esses problemas e implementar soluções, sendo a mais extrema a troca de gestão, para que a dinâmica corporativa não seja prejudicada. Temos aqui um ponto de tensão, eu diria. De um lado, temos os colaboradores e do outro, os gestores. É preciso entender o momento no qual a comunicação falha, dando a oportunidade de defesa para os dois grupos”, diz o especialista.

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