O Ibovespa fechou em alta de 0,8% nesta terça-feira (10), aos 128.228 pontos. O dólar caiu 0,58%, cotado a R$ 6,04 no encerramento. O índice nacional engatou a segunda alta consecutiva na semana com expectativas na tramitação do pacote fiscal, enquanto as atenções ficaram dividas entre o quadro de saúde do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o primeiro dia de reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e dados de inflação de novembro. Por aqui, investidores repercutiram rumores de que o governo federal deve liberar R$ 6,4 bilhões em emendas a parlamentares, o que levaria a um potencial avanço de pautas no Congresso, como o pacote fiscal. O mercado também monitorou o efeito do quadro de saúde de Lula. A jornalistas, o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, declarou que o fato de o chefe do Executivo estar hospitalizado não impede a aprovação do pacote fiscal pelo Congresso Nacional ainda este ano. Em segundo plano, o mercado reagiu ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país. O índice subiu 0,39% em novembro – apontando para uma desaceleração em relação à alta de 0,56% apurada em outubro. O resultado ficou levemente acima do esperado pelo mercado, de 0,36%. O IPCA também acelerou a alta acumulada em 12 meses para 4,87%, de 4,76% no mês anterior – acima do teto da meta de inflação. Hoje também foi o primeiro dia de reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). A expectativa é de que o colegiado do Banco Central eleve a taxa básica de juros em 75 pontos-base, a 12,00% ao ano. A decisão será divulgada amanhã (11) depois do fechamento dos mercados. Entre eles, os economistas consultados pelo Banco Central aumentaram a estimativa da Selic, de 11,75% para 12% para este ano, às vésperas da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Sabendo que a taxa básica de juros está a 11,25% ao ano, o relatório semanal projeta uma elevação de 0,75 ponto percentual na próxima reunião.
As maiores altas foram da Americanas (19,9%) e Aeris (19,6%). As baixas, Dotz (-7,94%) e Sansuy (-7,23%). Todas as cinco ações mais negociadas apresentaram evolução: Hapvida (4,98%), B3 (1,2%), Cogna (5,22%), preferenciais do Bradesco (2,12%) e Magazine Luiza (3,55%). O volume negociado foi de R$ 19,05 bilhões.