O Ibovespa fechou em alta de 0,41% nesta terça-feira (18), aos 119.630 pontos. O dólar subiu 0,22%, cotado a R$ 5,43 no encerramento. No primeiro dia de reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), os investidores dividiram as atenções entre as expectativas para a taxa básica de juros e o cenário fiscal — que seguiu nos holofotes com declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a taxação de importados de até US$ 50, além de criticar diretamente o presidente da autoridade monetária, Roberto Campos Neto. Durante a manhã, o petista declarou que o governo está investigando se tem carga exagerada em alguns programas sociais. Ele ainda afirmou estar disposto a discutir o orçamento com a Câmara, o Senado e empresários. Lá fora, a sessão foi marcada por instabilidade em meio à reação de novos dados econômicos e declarações de dirigentes do Federal Reserve (Fed). As vendas no varejo dos Estados Unidos de maio avançaram 0,1% em maio, na comparação com abril, a US$ 703,1 bilhões. Os dados foram divulgados pelo Departamento do Comércio norte-americano. O resultado veio abaixo das projeções dos analistas ouvidos pela FactSet, que previam alta de 0,2% em maio. As vendas de abril foram revisadas, de estabilidade para queda de 0,2% no mês. Com o dado mais fraco que o esperado, o mercado manteve as apostas de que o início dos cortes dos juros pelo Fed em setembro. 

As maiores altas foram CSN (9,07%) e BRF (5,5%). As baixas, preferenciais da Azul (-6,11%) e CVC (-5,45%). Das cinco ações mais negociadas, três apresentaram retração: preferenciais da Petrobras (3,13%), Vale (0,46%), preferenciais do Itaú Unibanco (-0,06%), Banco do Brasil (-1,4%) e Prio (-1,13%). O volume negociado foi de R$ 18,61 bilhões.