O Ibovespa fechou em alta de 2,81% nesta quarta-feira (15), aos 122.650 pontos – maior ganho diário desde 5 de maio de 2023, quando subiu 2,91%. O dólar caiu 0,36%, cotado a R$ 6,02 no encerramento. O índice nacional cravou sua terceira sessão consecutiva de ganhos, puxado por dados positivos dos Estados Unidos. Por lá, o mercado reagiu ao Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês), que subiu 0,4% em dezembro e fechou 2024 a 2,9%. Já o núcleo, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, recuou para 0,2% no mês passado e para 3,2% no ano. Após os dados mais fracos, o mercado aumentou as apostas de maior afrouxamento monetário pelo Federal Reserve ao longo do ano. Os traders agora veem 30,5% de chance de o Fed reduzir os juros para a faixa de 3,75% a 4% neste ano, segundo a ferramenta de monitoramento FedWatch, do CME Group. Antes do CPI, a aposta de redução era de 25,5%. Atualmente, os juros estão entre 4,25% a 4,50%. Para este mês, as apostas majoritárias são de manutenção dos juros. O Comitê Federal do Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Fed se reúne entre os dias 28 e 29 — com a divulgação da decisão e entrevista coletiva com o presidente do Fed, Jerome Powell. Por aqui, os investidores reagiram a novos dados econômicos. Entre eles, o volume de serviços teve queda de 0,9% em novembro ante o mês anterior. O resultado foi pior que a expectativa dos analistas consultados pela Reuters, de recuo de 0,3%. Além disso, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou que as contas do governo central ficaram dentro da banda de tolerância da meta fiscal em 2024, próximas do centro do alvo. O mercado ainda monitorou uma reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Após o encontro, o chefe da pasta econômica afirmou que terá uma nova reunião com Lula sobre a sanção da regulamentação da reforma tributária, que deve ser realizada nesta quinta-feira (16).
As maiores altas foram da Gafisa (33,90%) e Textil RenauxView (14,29%). As baixas, Bardella (-16,58%) e preferenciais da Baumer (-7,32%). Todas as cinco ações mais negociadas apresentaram evolução: Hapvida (10,45%), B3 (6,71%), Ambev (1,61%), Cogna (7,83%) e preferenciais do Bradesco (3,50%). O volume negociado foi de R$ 70,23 bilhões.