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Cheque em extinção: uso cai 96% em quase 30 anos, mas ainda resiste

Apesar do avanço do Pix e outros meios digitais, milhões de cheques ainda são compensados anualmente, mostra pesquisa da Febraban

O cheque, outrora o principal meio de pagamento no Brasil, está em franco declínio. Um levantamento da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) revela que o uso de cheques caiu 95,87% desde 1995. Mesmo assim, o tradicional papel continua sendo utilizado por milhões de brasileiros.

A popularização de meios de pagamento digitais, como o Pix, TED e DOC, tem sido a principal responsável pela queda no uso de cheques. Em 2024, foram compensados 137,6 milhões de cheques, um número que, embora expressivo, representa uma redução de 18,4% em relação ao ano anterior.

Por que o cheque ainda resiste?

  • Resistência à mudança: Muitos brasileiros, principalmente os mais idosos, ainda preferem o cheque como forma de pagamento.
  • Aceitação em alguns estabelecimentos: Há comércios que ainda não oferecem opções de pagamento digital, obrigando os clientes a utilizarem cheques.
  • Uso como garantia: Em algumas situações, o cheque ainda é utilizado como garantia para compras ou serviços.
  • Problemas de acesso à internet: Em localidades com baixa conectividade, o cheque pode ser a única opção de pagamento disponível.

Valor médio das transações aumenta

O valor médio das transações realizadas por cheque também aumentou, atingindo R$ 3.800,87 em 2024. Segundo Walter Faria, diretor-adjunto de Serviços da Febraban, isso se deve ao fato de que as transações de menor valor estão sendo cada vez mais realizadas por meio de pagamentos digitais.

O futuro do cheque

A tendência é que o uso de cheques continue a diminuir nos próximos anos, com a expansão dos meios de pagamento digitais e a crescente digitalização da economia brasileira. No entanto, o completo desaparecimento do cheque ainda pode levar algum tempo, principalmente em regiões mais remotas e entre determinados segmentos da população.

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