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Como palmeirenses caíram em golpe de criptos

Ex-meia alviverde perdeu milhões em investimentos intermediados por companhia que tem jogador como sócio. Caso foi parar na polícia

As duas empresas envolvidas no suposto golpe aos jogadores Gustavo Scarpa (à direita na imagem), meia do Nottingham Forest, e Mayke (no meio da imagem), do Palmeiras, não têm autorização para investir em criptomoedas. Os dois atletas colocaram milhões em um esquema indicado pelo ex-companheiro Willian Bigode (à esquerda na imagem) quando jogavam no Palmeira, em 2022. Agora eles alegam que não receberam os dividendos prometidos e nem conseguiram recuperar o dinheiro. A informação é do portal G1.

A empresa WLJC Consultoria e Gestão Empresarial, da qual Willian Bigode é sócio, intermediou o investimento dos jogadores na Xland Holding. As duas companhias não tem autorização nos sistemas da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), da Associação de Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) e do Banco Central (BC).

“Me sentindo burro, mano

O investimento dos jogadores no esquema de criptomoedas soma R$10 milhões (R$ 6 milhões de Scarpa e R$ 4 milhões de Mayke). O meia-atacante e o lateral processaram a Xland e a WLJC Consultoria para tentar recuperar o investimento. Segundo reportagem da TV Globo, o goleiro Weverton, do Palmeiras, também perdeu dinheiro com o negócio, mas não quis comentar o caso.

A emissora também exibiu mensagens trocadas entre Scarpa e Willian. No diálogo, o meia-atacante diz que está triste e que o valor investido representa “quase todo o seu patrimônio”. Na sequência, o jogador informa o ex-companheiro que foi aconselhado a prestar um Boletim de Ocorrência (B.O.) e citar a empresa do atacante.

Segundo informações divulgadas pelo programa Fantástico, da TV Globo, Scarpa foi apresentado por Bigode a XLand, empresa de criptomoedas com sede no Acre que dizia permitir lucros de até 5% ao mês. “Essa apresentação é sobre criptomoedas que conversamos” diz um dos emails enviados por William a Gustavo, em junho de 2020.

No entanto, o investimento trouxe o retorno de apenas R$ 1,2 mil, o que causou revolta ao meio-campista. “Quando chega na minha conta R$ 1,2 mil, eu falei: ‘Não, vocês estão de sacanagem com a minha cara, não é possível. Você me rouba e não aguenta? Você roubou minha família”, disse Scarpa em um dos áudios divulgados pela TV Globo. 

O dinheiro recebido veio no dia 2 de novembro de 2022, data em que o Palmeiras se preparava para enfrentar o Fortaleza no Allianz Parque, pelo Brasileirão, jogo que culminou o título da campanha alviverde. No dia seguinte, Scarpa registrou o B.O.

“Tô me sentindo burro, mano. Burro. Que investimento no mundo da 5% no mês, que dá 3% no mês?”, questiona Scarpa a Bigode. O atacante, hoje no Fluminense, revelou também que perdeu metade de seu patrimônio investindo com a Xland. “Sempre vi as pessoas burras que caiam em pirâmide, coisas do tipo e viver numa situação dessa para mim está sendo horrível”, continuou Scarpa.

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