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Mulheres investidoras aumentam no Brasil

33% declararam ter investimentos em algum produto financeiro em 2022, com alta de 5 pontos percentuais ante 2021

A sexta edição do Raio X do Investidor Brasileiro, pesquisa realizada pela ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) em parceria com o Datafolha, aponta que a quantidade de mulheres investidoras vem crescendo. O estudo mostra que 33% declararam ter investimentos em algum produto financeiro em 2022, com alta de 5 pontos percentuais ante 2021.

Na análise do perfil das mulheres que investem, o levantamento mostra que 44% têm ensino médio e 35% têm o ensino superior, com faixa etária concentrada entre 35 e 44 anos (23%) e entre 45 e 59 anos (25%) e metade delas (50%) pertence à classe C.

Base: Total da Amostra — 2022: 5.818 entrevistas / 2021: 5.878 entrevistas

“É importante observar o recorte por gênero para que possamos entender como as mulheres estão lidando com o dinheiro, quais são suas dúvidas e preferências e também contribuir para que se sintam mais seguras e tenham mais autonomia na hora de tomarem suas decisões de investimento”, afirma Marcelo Billi, superintendente de Educação da ANBIMA.

De acordo com a pesquisa, as mulheres investem com o objetivo principal de ter segurança financeira (47%), ou seja, é a possibilidade de conseguirem juntar uma reserva que as atraem. Em segundo lugar aparece o retorno financeiro (23%) e, em um terceiro lugar mais distante, poder retirar o dinheiro sem prejuízo em caso de necessidade (7%).

Para as mulheres que não investem, as condições financeiras seguem como principal empecilho (79%, o mesmo percentual de 2021) para que elas se tornem investidoras, apontando falta de dinheiro e/ou salário baixo, por exemplo.

Tipos de investimento

Sobre o tipo de investimento que usam, tanto homens quanto mulheres — investidores e “não investidores” – mencionam a caderneta de poupança em primeiro lugar, ambos com o percentual de 26%. Entre elas, fundos, títulos privados e compra e venda de imóveis ficaram com 3% das citações cada, o mesmo percentual de guardar dinheiro em casa/colchão.

Principais meios de informação

Para buscar informações sobre investimentos, as mulheres seguem preferindo falar, principalmente, com o gerente ou especialista em investimento presencialmente (28%), seguidos de amigos e parentes (20%), comportamento parecido com os homens. Com relação a influenciadores, fóruns, blogs, consultorias e/ou casas de análises, as citações entre os homens aparecem entre 2 a 3 pontos percentuais à frente.

Já quando questionados sobre quais os canais de informações que utilizam para buscar mais detalhes sobre produtos financeiros, o mais mencionado por elas que investem foi a TV (35%) seguida do YouTube (32%), preferência inversa ao dos homens, com os percentuais de 30% e 42%, respectivamente. Esse mesmo comportamento foi verificado em 2021. Interessante notar também que Instagram e e-mail são mais utilizados por elas do que por eles.

Destinos dos rendimentos

Sobre o destino dos investimentos, a compra de um imóvel está em primeiro lugar, atingindo o mesmo percentual de menções (30%) entre homens e mulheres, e, na sequência, mantê-lo aplicado (mulheres, 19% e homens, 22%). Como em 2021, as mulheres (12%) superam os homens (9%) quando o destino do dinheiro é lazer, viagem e passeio.

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