O Ibovespa fechou em alta de 0,32% nesta sexta-feira (23), aos 135.608 pontos. Na semana, os ganhos são de 1,23%. O dólar caiu 1,97%, cotado a R$ 5,47 no encerramento. A valorização da moeda norte-americana perante ao real na semana é de 0,21%. Na expectativa pelo corte de juros nos Estados Unidos, previsto para setembro, o índice nacional concluiu a semana no azul. O clima de otimismo global fomenta volta de estrangeiros para o mercado acionário local, além de contribuir para queda do dólar e dos juros por aqui. O impulso desta sexta-feira foi o discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, que afirmou que chegou a hora de cortar os juros. Apesar da boa notícia, aguardada desde o início do ano, o índice brasileiro teve ganhos limitados. No cenário doméstico, o mercado segue precificando a retomada do ciclo de altas da Selic, em reação às recentes declarações de diretores do Banco Central (BC). Há também a expectativa para o anúncio das indicações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a presidência e duas cadeiras na diretoria da BC. Ainda na cena doméstica, os frigoríficos roubaram a cena. Com exceção de Minerva, as companhias do setor fecharam em tom negativo, com os papéis pressionados pela forte alta do dólar. A ponta positiva foi liderada pelas ações cíclicas — que vinham sendo penalizadas nas últimas sessões. Os papéis, que são mais sensíveis aos juros, reduziram as perdas recentes com o fechamento da curva de juros. Cogna, Eztec e Lojas Renner figuraram entre os melhores desempenhos.
As maiores altas foram da Triunfo (18,46%) e da Recrusul (11,46%). As baixas, Mundial (-18,52%) e Plascar (-18,32%). Das cinco ações mais negociadas, quatro apresentaram evolução: Americanas (-14,29%), B3 (1,59%), Cogna (7,52%), Hapvida (2,75%) e CVC (4,65%). O volume negociado foi de R$ 21,85 bilhões.