O Ibovespa fechou em baixa de 1,69% nesta quarta-feira (12), aos 124.380 pontos. O dólar caiu 0,08%, cotado a R$ 5,76 no encerramento. O índice nacional operou no vermelho durante toda a sessão, pressionado por dados inflacionários nos Estados Unidos. Por lá, os preços ao consumidor aumentaram mais do que o esperado em janeiro, reforçando a mensagem do Federal Reserve (Fed) de que não há pressa em reduzir a taxa de juros, em meio à crescente incerteza econômica. De acordo com o Departamento do Trabalho, o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) subiu 0,5% no mês passado, após um avanço de 0,4% em dezembro. Em termos anuais, a inflação alcançou 3,0%, ligeiramente acima dos 2,9% projetados pelo mercado. Por aqui, declarações do presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, fizeram os investidores especularem sobre o rumo da Selic. O chefe da autoridade monetária afirmou que as famílias e empresas devem passar por um momento desconfortável, já que a perspectiva é de que a inflação siga fora da meta. A meta é de 3%, com intervalo de tolerância de até 4,5%. Na avaliação de Galípolo, a inflação acima da meta é resultado de “eventos do passado”, como crescimento potencial acima do esperado e das políticas de distribuição de renda que estimularam o consumo e, consequentemente, resultaram em pressões inflacionárias. O presidente do BC declarou também que o colegiado já tem uma “rota de direcionamento” para a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Segundo ele, é necessário esperar avaliar os resultados da política contracionista que vem sendo adotada pela autoridade monetária.
As maiores altas foram da Panatlantica (33,59%) e preferenciais da Recrusul (19,4%). As baixas, preferenciais da Azevedo & Travassos (-18,5%) e Azevedo & Travassos (17,44%). Das cinco ações mais negociadas, quatro apresentaram retração: Hapvida (-7,17%), preferenciais do Bradesco (-4,56%), Carrefour (2,68%), Cogna (-1,82%) e preferenciais da Itaúsa (-2,58%). O volume negociado foi de R$ 55,77 bilhões.