O Ibovespa fechou em alta de 0,65% nesta segunda-feira (1°), aos 124.718 pontos. O dólar subiu 1,15%, cotado a R$ 5,65 no encerramento. Em mais um dia de turbulências no mercado interno e externo, a moeda norte-americana atingiu o maior nível desde janeiro de 2022, quando estava a R$ 5,67. Em 2024, a divisa sobe 16,48%. Tanto fatores domésticos como internacionais pressionaram o mercado na sessão. No mercado externo, as taxas dos títulos do Tesouro norte-americano voltaram a subir. Juros altos em economias avançadas estimulam a fuga de capitais de países emergentes, como o Brasil. Apesar da pressão externa, o dólar fechou relativamente estável em relação às principais moedas internacionais. Os fatores internos pesaram no mercado financeiro, com a queda observada pela manhã decorrendo da venda de dólares de investidores que queriam embolsar lucros. O mercado financeiro reagiu à piora das expectativas de inflação no boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras feita pelo Banco Central. Os investidores também reagiram a novas declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)sobre o Banco Central. Em entrevista a uma rádio da Bahia, o petista voltou a criticar o presidente da autoridade monetária, Roberto Campos Neto. Ele repetiu que os juros atuais, de 10,5% ao ano, são altos e declarou que escolherá um presidente para a autarquia que “olhe o país do jeito que ele é, não do jeito que o sistema financeiro fala”.
As maiores altas foram da SLC (7,22%) e CSN (5,01%). As baixas, Assaí (-2,29%) e Pão de Açúcar (-2,96%). Todas as cinco ações mais negociadas apresentaram evolução: Vale (1,48%), unitárias do BTG Pactual (0,94%), preferenciais da Petrobras (1,52%), Sabesp (4,24%) e Equatorial (4,37%). O volume negociado foi de R$ 20,65 bilhões.
